O consumo moderado de multivitaminas não representa um risco aumentado, mas "tomar multivitaminas demais pode estar associado com um risco aumentado de cânceres de próstata avançados ou fatais", adverte o estudo publicado no Journal of the National Cancer Institute, nesta quarta-feira (16).
Milhões de americanos consomem pílulas de multivitaminas para se manter em forma, embora não haja evidência científica de que ajudem a proteger contra doenças crônicas.
"Os cientistas não encontraram um vínculo entre o uso de multivitaminas e o risco de câncer de próstata localizado. Mas encontraram um risco aumentado de câncer de próstata avançado ou fatal em homens que consumiam multivitaminas mais de sete vezes por semana, em comparação com aqueles que não usavam multivitaminas", destacou o estudo, feito pelo Instituto Nacional do Câncer de Bethesda, Maryland (leste), que estudou 295.343 homens e seus hábitos alimentares.
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Aproximadamente um terço disse que tomou multivitaminas diariamente, enquanto 5% disseram consumir grandes quantidades de tabletes, mais de sete pílulas por semana.
Desde o início do estudo, cinco anos atrás, 10.241 dos voluntários foram diagnosticados com câncer de próstata, 8.765 com um tumor localizado e 1.476 com uma forma avançada de câncer. No total, 179 morreram por causa da doença.
A incidência de casos foi maior nos homens com histórico familiar de câncer de próstata e em "homens que também consumiam selênio, betacaroteno ou suplementos de zinco", destacou o estudo.
Um recente estudo dinamarquês, que cruzou dados de 47 novos estudos, indicou que consumir vitaminas A e E ou betacaroteno poderia encurtar a vida de uma pessoa e aumentar as taxas de mortalidade em 5%.