Plantas Medicinais

CANELA - Cinnamomum zeylanicum

14 jun 2006 às 17:28

Aspectos agronômicos: - Planta da família Lauraceae, nativa do Sri Lanka, Índia e Indonésia, dispersa por todo o sudeste asiático. Aclimatou-se em outras regiões tropicais do mundo, incluindo o litoral nordestino brasileiro.

Nomes comuns: Canela-da-Índia, canela-da-China, cannelle, cinnamom.


Árvore perene de clima tropical, adapta-se às regiões subtropicais não sujeitas a geadas intensas. Desenvolve-se a pleno sol. Pode servir como sombra para culturas de espécies medicinais de baixo porte.


Requer solos de fertilidade mediana a alta, com boa drenagem, profundos e com bom teor de matéria orgânica. Responde a adubação orgânica para produção de folhas e cascas. Pouco exigente quanto a irrigação, podendo ser cultivada em sequeiro.


Propagação - - por sementes: retiradas de frutos maduros e colocadas em bandejas com areia. Transplante para sacos de polietileno quando as mudas atingirem 10 cm, com duas folhas definitivas; - por estaquia: dos ramos novos, retiram-se estacas de 10 cm de comprimento e 0,8 cm de diâmetro. Estas devem ser enterradas até a metade em sacos plásticos com substrato para enraizamento.


Espaçamento: - fileiras simples: 2 X 3 m conforme o sistema de condução ou poda; fileiras duplas: 2 X 2 m entre fileiras simples X 3 m entre fileiras duplas.


Porte da planta: - Pode atingir de 05 a 09 m de altura quando não podada.


Colheita: - a) colher até 50% das folhas e ramos novos quando a planta já estiver com 2,0 m de altura; b) Cortar o tronco a 40 - 50 cm de altura quando a planta atingir 03 anos; o segundo corte deve ser feito após 02 anos; separar o tronco e ramos grossos para retiradas de cascas.


Rendimento: - produz em média 1 kg de casca seca/planta/corte e 5 a 7 Kg de folhas, ramos finos e brotos/planta, com rendimento de 0,2% de óleo.


Pragas: - tripes (Selenothrips rubrocintus), que ataca a gema apical; formigas podem atacar ramos novos (CEPLAC, 1988); lagarta minadora (Phyllocnistis chrysophtalma Meyrick) causa, em alta infestação, encarquilhamento das folhas. Outras lagartas podem causar danos às árvores de canela, principalmente a Chilasa clytia L (Butani, 1983).


Usos terapêuticos: - estimulante, aromático, digestivo, anti-séptico, carminativo (contra gases), anti-espasmódico (contra cólicas), emenagogo (promove contrações uterinas).


Princípios ativos: - óleos essenciais (entre eles o aldeído cinâmico, eugenol, vanilina, cineol, pineno), açúcares, taninos, mucilagens.


Partes utilizadas: - cascas. Folhas, ramos finos e brotos para retirada de óleo essencial.


Formas de uso e dosagem: -uso interno: Chá (decocção) - 50 gr/litro de água - 200 ml/dia; extrato fluido: 02 a 10 ml/dia; tintura: 10 a 50 ml/dia; óleo essencial: 01 a 03 gotas/dia; pó: 0,5 a 1,0 gr em água, 3x/dia.


Tempo de uso: - sem contra-indicações ao uso prolongado.


Efeitos colaterais: - pode provocar irritação de pele e mucosas pelo óleo essencial; aumento da pressão arterial, taquicardia, insônia e diarréia em doses elevadas.


Contra-indicações: - gravidez e lactação.


Lembramos, que as informações aqui contidas, terão apenas finalidade informativa, não devendo ser usadas para diagnosticar, tratar ou prevenir qualquer doença, e muito menos substituir os cuidados médicos adequados.

Fonte principal de consulta: ''Cultivo de plantas aromáticas e medicinais'' - IAPAR - Autor: Eng. Agr. Paulo Guilherme F. Ribeiro; Co-autor: Rui Cépil Diniz (Médico)- Livro em fase de conclusão para publicação.


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