Plantas Medicinais

CIMICIFUGA - Cimicifuga racemosa Nutt

17 jun 2007 às 17:28

Aspectos botânicos: Planta da família das Ranunculáceas, herbácea perene, com altura entre 1 e 3 metros, rizoma escuro e grosso, folhas grandes com 2 a 5 folíolos lobulados e denteados. Flores esbranquiçadas e fétidas, que aparecem no verão-outono.

É original do Canadá e Costa atlântica dos EUA, crescendo em solos ricos em húmus, e de clima temperado. Existem espécies de origem asiática: C. foetida e C. dahurica.


Nomes comuns: Cimicífuga, black cohosh (Ingl.).


Histórico: Sua denominação vem do latin Cimicis e fugio, que significa insetos em fuga, pois se acreditava que seu aroma repelia os insetos. Foi descrita pela primeira vez por Plukenet em 1696 e post. por Líneo no século XVIII. Os nativos norte-americanos a utilizavam sob a forma de cataplasmas para o tratamento de mordedura de serpentes. Em 1828 foi incorporada a prática médica, sendo uma das plantas preferidas por Turner. Levada para a Europa em 1860.


Usos terapêuticos: Reguladora hormonal durante o climatério e síndrome pré-menstrual, hipotensora e anti-inflamatória.


Princípios ativos: Alcalóides quinolizidínicos (N-metilcitisina), glicosídeos triterpênicos (acteína, cimigósido), taninos, compostos ácidos, flavonóides, fitoesteróis, resinas, óleos essenciais, cimicifugina.


Partes utilizadas: Rizoma.


Formas de uso e dosagem: Decocto: 1% - 1 a 2 xícaras/dia; extrato seco: 50 mg/dia; extrato fluido: 50 a 150 gotas/dia; tintura 1:10: 2 a 4 ml/dia.


Tempo de uso: Pode ser utilizada por longo tempo, desde que por períodos intermitentes. Devemos dar atenção especial a função hepática durante tratamentos prolongados, devido a presença dos alcalóides quinolizidínicos.


Efeitos colaterais: Em altas doses pode provocar náuseas, vômitos, tonturas, bradicardia, transtornos visuais e nervosos.


Contra-indicações: Gestação e lactação. Portadores de doenças hepáticas.


Lembramos, que as informações aqui contidas, terão apenas finalidade informativa, não devendo ser usadas para diagnosticar, tratar ou prevenir qualquer doença, e muito menos substituir os cuidados médicos adequados.

Fontes principais de consulta: ''Tratado de fitomedicina - bases clínicas e farmacológicas'' Dr. Jorge R. Alonso - editora Isis . 1998 - Buenos Aires - Argentina.


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