O secretário da Saúde, Gilberto Martin, participou da Oficina Macrorregional Sul de Hepatites Virais, que aconteceu durante a semana em Curitiba. O evento contou com dezenas de profissionais de saúde do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que reuniram-se para avaliar o Programa de Hepatites Virais e as propostas de ações para sua melhoria.
Gilberto Martin destacou a importância de realizar um evento para discussão e avaliação das ações que vem sendo realizadas pelos Programas de Hepatites Virais. "As deliberações resultantes deste encontro serão aplicadas no Paraná a fim melhorar as ações de combate às hepatites. Um dos trabalhos mais importantes que ressalto e que deve ser aperfeiçoado é a educação em saúde. É preciso mobilizar e sensibilizar as pessoas sobre a importância dos cuidados pessoais de prevenção que evitam a contaminação", enfatizou.
A representante da diretoria do departamento de DST/Aids do Ministério da Saúde, Ramira Oliveira, considera a luta contra a hepatite um desafio da saúde pública. "Para contribuir com a causa é imprescindível que cada um traga as experiências vivenciadas em cada Estado e juntos possamos discutir para posteriormente trabalhar com mudanças de perspectivas práticas", reiterou.
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Prevenção
Como medida preventiva para evitar a Hepatite A, uma das principais ações é o controle da qualidade da água, realizada por meio dos programas da Vigilância Sanitária. Na área científica, o Paraná realiza sorologias para diagnóstico, exames de Biologia Molecular e Genotipagem para acompanhamento dos portadores crônicos dos vírus B e C no Lacen.
Atendimento
O atendimento aos portadores crônicos é feito pelos serviços especializados localizados em Centros de Referência, Hospitais Universitários e serviços credenciados nas diversas regionais de saúde. A dispensação dos medicamentos para tratamento da doença é feito por meio das farmácias especiais localizadas nas 22 Regionais de Saúde do Estado.
Transmissão
Os tipos mais comuns de hepatite são transmitidos pelos vírus A, B e C. A hepatite A pode ser adquirida pelo contato direto com uma pessoa doente ou através de alimentos ou água contaminados, por mãos mal-lavadas ou sujas que estejam contaminadas com o vírus. O vírus tipo B e C é transmitido pelo sangue, ocorrendo principalmente nas relações sexuais sem proteção, ou por objetos como seringas e agulhas contaminadas com o vírus.
Dados
Dados epidemiológicos preliminares do Sistema de Informação de Agravos de Notificação registraram no ano passado 760 casos de Hepatite tipo A, 206 do tipo B e C em fase aguda e 1700 na fase crônica. Este ano, ocorreram 414 contaminações por Hepatite A, 139 pelos tipos B e C em fase aguda e 839 crônica - totalizando 1.382 casos.
Sintomas
- Cansaço
- Tontura
- Enjôo/vômitos
- Febre
- Dor abdominal
- Pele e olhos amarelados
- Urina escura
- Fezes claras