O país esta de luto. Considerada a pior tragédia da aviação brasileira, o acidente com o Air Bus da TAM, em São Paulo, provocou angústia, tristeza e uma grande comoção em todo país. A vivência direta ou indireta de eventos traumáticos como o acidente de avião da TAM, assaltos violentos, seqüestros, a perda de emprego, guerras, catástrofes naturais, agressão física, estupro ou mesmo um processo judicial podem desenvolver a "Dor Pós-Traumática".
A "Dor Pós-Traumática" ocorre quando uma pessoa passa situação traumática muito intensa, onde houve risco de vida ou quando experimentam, testemunham, ou ficam sabendo de ameaça de morte ou lesão grave com relação a si mesmo ou pessoa conhecida, que resulte diretamente em medo intenso, desespero ou horror. "É importante que o diagnóstico seja feito o mais breve possível, evitando que o paciente sofra ainda mais", declarou Dra. Evelin Goldenberg, mestre e doutora em reumatologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) – Escola Paulista de Medicina.
Vale lembrar que o fato de uma pessoa ter passado por um trauma não significa necessariamente que ela terá dor pós-traumática. Observa-se que num mesmo evento, algumas pessoas podem apresentar esse transtorno e outras não.
Acredita-se que pelo menos 60% dos homens e 50% das mulheres experimentam pelo menos um evento traumático durante a vida. Eventos que ocorreram com outras pessoas e dos quais se tem conhecimento, como presenciar agressão física ou acidente de algum parente, ser informado de que o filho apresenta uma doença séria que ameace a vida, também podem levar da "Dor Pós-Traumática".
Grupo de Risco, tratamento e algumas doenças relacionadas
Qualquer pessoa pode desenvolver a "dor pós-traumático", desde uma criança até um idoso. Os sintomas não surgem necessariamente logo após o evento e podem levar meses. O intervalo mais comum entre evento traumatizante e o início dos sintomas são três meses. Muitas pessoas se recuperam dos sintomas em seis meses aproximadamente, outras podem ficar com os sintomas durante anos.
A pessoa deve procurar um médico que deverá diagnosticar e recomendar o melhor tratamento. Em alguns casos a medicação muitas vezes se faz necessária para um alívio inicial e uma melhor abordagem do quadro. Um apoio adicional para a família do paciente geralmente é indicado. Veja abaixo alguns sintomas da "Dor Pós-Traumática":
·Artrite;
·Depressão,
·Dor de cabeça,
·Dor Facial;
·Dor nas costas ou pescoço;
·Dificuldade para dormir;
·Fibromialgia;
·Irritabilidade;
·Falta de energia;
·Falta de concentração;
·Comer demais ou não comer;
·Raiva;
·Tensão
>>Evelin Goldenberg, é autora do livro "O coração sente, o corpo dói – Como reconhecer e tratar a fibromialgia" (Ed. Atheneu). É mestre e doutora em reumatologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) – Escola Paulista de Medicina, além de Coordenar do curso de pós-graduação em reumatologia, com ênfase ocupacional do Hospital Albert Einstein, São Paulo.