A Anvisa não registra alisantes capilares que tenham como base o formol em sua fórmula. O formol, nas concentrações permitidas, não tem função de alisante. A substância só tem uso permitido em cosméticos nas funções de conservante (uso permitido é de 0,2%) e como agente endurecedor de unhas (uso permitido de 5%).
O risco do formol em sua aplicação indevida é medido de acordo com a concentração e freqüência do uso, e se dá pela inalação dos gases e pelo contato com a pele, sendo perigoso para profissionais que aplicam o produto e para usuários.
O formol é considerado cancerígeno pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Quando absorvido pelo organismo por inalação e, principalmente, pela exposição prolongada, apresenta como risco o aparecimento de câncer na boca, nas narinas, no pulmão, no sangue e na cabeça.
Existem outras substâncias, registradas na Anvisa, que podem ser utilizadas em alisamentos capilares. Entre elas estão o Tioglicolato de Amônio, Hidróxido de Sódio, Hidróxido de Potássio, Hidróxido de Cálcio, Hidróxido de Lítio e o Carbonato de Guanidina.
As reações do uso do formol podem ser:
• Contato com a pele - Tóxico. Causa irritação à pele, com vermelhidão, dor e queimaduras.
• Contato com os olhos - Causa irritação, vermelhidão, dor, lacrimação e visão embaçada. Altas concentrações causam danos irreversíveis.
• Inalação - Pode causar câncer no aparelho respiratório. Pode causar dor de garganta, irritação do nariz, tosse, diminuição da freqüência respiratória, irritação e sensibilização do trato respiratório. Pode ainda causar graves ferimentos nas vias respiratórias, levando ao edema pulmonar e pneumonia. Fatal em altas concentrações.
• Exposição crônica - A freqüente ou prolongada exposição pode causar hipersensibilidade, levando às dermatites. O contato repetido ou prolongado pode causar reação alérgica, debilitação da visão e aumento do fígado.
A Anvisa alerta que no caso da escova progressiva, dependendo da concentração do formol, pode ainda causar queda capilar.