A FDA, agência norte-americana que regula drogas e alimentos, aprovou no início de junho, uma vacina que inibe 4 tipos de HPV e previne 70% dos tumores no colo do útero. A nova vacina só tem efeito em mulheres que ainda não estão infectadas.

O novo imunizante deverá chegar ao Brasil antes do fim de 2006. Por aqui, a doença mata pelo menos 7 mil brasileiras por ano. Olaboratório fabricante da vacina já pediu à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorização para comercializar o produto em território nacional.

O teste da vacina contou com 25 mil voluntárias na faixa etária dos 16 aos 23 anos, em 33 países. A vacina é recomendada para mulheres entre 9 e 26 anos, mas o ideal seria que as mulheres se vacinassem antes do início da vida sexual.

A doença - No Brasil, estima-se que o câncer do colo do útero seja o terceiro mais comum na população feminina, sendo superado pelo câncer de pele não melanoma e pelo de mama. Este tipo de câncer representa 10% de todos os tumores malignos em mulheres.

A doença apresenta fatores de risco sociais, ambientais e de hábitos de vida, como baixas condições sócio-econômicas, atividade sexual antes dos 18 anos de idade, variedade de parceiros sexuais, vício de fumar (diretamente relacionado à quantidade de cigarros fumados), maus hábitos de higiene e o uso prolongado de anti-concepcionais orais são os principais.

Estudos comprovaram que os vírus do papiloma humano (HPV) e o Herpesvírus Tipo II (HSV) têm papel importante no desenvolvimento da displasia das células cervicais e na sua transformação em células cancerosas. O vírus do papiloma humano (HPV) está presente em 99% dos casos de câncer do colo do útero.

Prevenção - A melhor opção para evitar a doença ainda é a prevenção. A abordagem mais efetiva para o controle do câncer do colo do útero continua sendo o rastreamento através do exame preventivo, pois a sua realização periódica permite reduzir em 70% a mortalidade por câncer do colo do útero na população de risco.

Toda a mulher que têm ou já teve atividade sexual deve submeter-se anualmente a exame preventivo periódico, especialmente dos 25 aos 59 anos de idade.

Sintomas - Quando não se faz prevenção e o câncer do cólo do útero não é diagnosticado em fase inicial, ele progredirá, ocasionando sintomas. Os principais sintomas do câncer do colo do útero já localmente invasivo são o sangramento no início ou no fim da relação sexual e a ocorrência de dor durante a relação.