Geneticistas decodificaram o genoma do mosquito causador da dengue, uma descoberta que pode abrir novas portas para controlar a doença, segundo estudo publicado nesta quinta-feira (17) na revista científica Science.
A descoberta permite aos cientistas compararem o genoma do mosquito Aedes aegypti, que também causa a febre amarela, com o de outro vetor de doenças, o Anopheles gambiae, o mosquito causador da malária, bem como a mosca da fruta, acrescentou o estudo, realizado pela cientista Vishvanath Nene, do Instituto de Pesquisa Genômica, nos arredores de Washington, e seus colegas.
"Estes insetos representam as duas maiores subfamílias de mosquitos e as diferenças entre eles deve refletir propriedades herdadas biologicamente, tais como a preferência por se alimentar de sangue, o comportamento de busca de hospedeiros e as habilidades individuais de transmitir certos patógenos", destacou a revista em um comunicado.
O mosquito Aedes aegypti é responsável por 50 a 100 milhões de casos anuais de dengue, uma doença que pode levar à morte e que atinge severamente a África, mas se espalha de forma crescente pela América Latina, segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, com base em números da Organização Mundial da Saúde.
O mosquito também provoca anualmente 200.000 casos de febre amarela e 30.000 pessoas no mundo, 95% delas na África.
Fonte: AFP