Pessoas com excessiva sensibilidade á luz podem estar sofrendo de fotofobia. As queixas mais comuns são a dificuldade de sair ao sol sem a proteção de óculos escuros e dos de cabeça ao final de um dia muito claro. "A retina é formada por células fotossensíveis. Se existe algum problema, os olhos passam a recusar o excesso de informação, no caso a luz, gerando o desconforto", afirma o oftalmologista Virgilio Centurion, diretor do IMO, Instituto de Moléstias Oculares.
Segundo Centurion, a fotofobia é geralmente um sinal de processos inflamatórios no globo ocular, sejam eles intra ou extra-oculares. "Muitos pacientes chegam ao consultório com queixa de baixa tolerância à luz. Mas, depois de uma análise mais detalhada, descobre-se que a pessoa tem algum tipo de doença ocular. A fotofobia dificilmente ocorre num olho normal. O que não quer dizer que não aconteça", explica o oftalmologista.
Apenas após o exame oftalmológico é possível definir a alternativa terapêutica para quem reclama da claridade excessiva. "Se o oftalmologista não diagnosticar nenhuma doença, a pessoa tem duas saídas: aprender a lidar com a fotofobia, se o grau for minimamente suportável ou encontrar maneiras de regular a quantidade de luz que entra nos olhos, seja controlando a intensidade de luzes artificiais, seja usando óculos escuros em ambientes externos", explica o oftalmologista Eduardo de Lucca, que também integra o corpo clínico do IMO.
Eduardo de Lucca destaca a importância do uso de lentes de boa qualidade, tanto em relação à matéria-prima quanto à confecção. "O uso de lentes que não tenham proteção contra raios ultravioleta pode ser extremamente prejudicial, pois como os óculos são escuros, a pupila está mais dilatada. Mas se não existe proteção contra raios UV, a quantidade de radiação que entra é maior. Essa luz invisível pode fazer com que pessoas mais sensíveis tenham predisposição maior a catarata e processos degenerativos da retina", explica o oftalmologista.
Fonte: Excelência em Comunicação