A Secretaria Municipal de Saúde confirmou nesta quarta-feira (10), que a leptospirose foi a causa do óbito do paciente de 30 anos, residente na área rural de Londrina, ocorrido no último dia 3, no Hospital Universitário (HU).
A suspeita clínica da Secretaria foi confirmada pelo Laboratório Central do Estado (Lacen). O exame solicitado para constatar se o caso se tratava de dengue foi negativo.
O paciente, morador do distrito de Irerê, deu entrada no hospital da Zona Sul, no dia 27 de março, com sintomas de febre, dores musculares, dor intensa na panturrilha, cefaléia, vômito e dor abdominal. Atendido inicialmente no hospital, e devido ao quadro, foi transferido para o HU. Ele evoluiu para um quadro de alteração renal e teve uma hemorragia pulmonar, indo a óbito.
Desde 1999, Londrina não tinha um falecimento em virtude de leptospirose. Naquele ano, dois pacientes de 50 anos foram vítimas da doença. De acordo com dados da Secretaria de Saúde, nos últimos quatro anos, a cidade registrou 16 casos da doença e todos foram tratados eficazmente.
A doença - A leptospirose é uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada leptospira, que é eliminada pela urina de ratos e outros animais, contaminando esgoto, tocas dos animais, solo e alimentos. As pessoas adquirem leptospirose, principalmente, através da pele e das mucosas ao entrar em contato com o ambiente contaminado, como córregos e lagoas poluídas.
Os primeiros sintomas são fraqueza, dor no corpo e febre. Esta pode se elevar podendo ocorrer calafrios, vômitos, mal estar, dor na barriga das pernas (panturrilhas). Pode haver também o aparecimento de cor amarelada (icterícia), hemorragias e diminuição ou ausência da produção de urina (insuficiência renal).