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Estudo

Usuários de maconha demoram 7 anos para buscar ajuda

Redação Bonde
25 jun 2006 às 13:36
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De acordo com um estudo divulgado pela Unifesp, existe um perfil característico entre os pacientes que buscam ajuda no ambulatório da maconha, da Unidade de Pesquisa de Álcool e Drogas (UNIAD), serviço especializado gratuito que em seis anos atendeu cerca de 530 pacientes. Neste perfil se encaixam homens jovens, desempregados ou subempregados, com ensino médio completo ou não – e somente 18% com nível universitário – e que tiveram contato com a droga ainda na adolescência.

Quanto à inserção profissional, a amostra revela que 17% são estudantes, 30,3% estão desempregados, 18% estão no mercado de trabalho informal e apenas 24,6% ainda mantêm um trabalho formal. O uso de maconha na família nuclear aparece em 17,6% dos casos, com forte incidência entre os irmãos. Mais de 60% dos pacientes tinham 15 anos ou menos quando experimentaram maconha pela primeira vez, sendo que 90% dos integrantes desta amostra experimentaram a droga pela primeira vez antes dos 19 anos.

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Mais da metade (53%) iniciou o tratamento aos 22 anos ou antes, de modo que parece existir um tempo de aproximadamente sete anos entre o início do uso e a chegada a um serviço que oferece tratamento. Metade dos pacientes que entraram no serviço não havia sido submetida a nenhum outro tratamento. Os encaminhamentos são feitos em parte pelos pais (28,1%), por outros profissionais (22%) e pelos próprios pacientes (15,9%).

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Confirmando que o uso da droga pode afetar a vida diária dos pacientes, 39,4% afirmaram não ter tido problemas com a polícia, porém 25% já foram abordados pela polícia e 22% foram enquadrados por uso e porte de maconha. O tempo de consumo é relatado por 30% dos pacientes como sendo entre três e sete anos; 20% dos pacientes afirmam consumir há um período que varia de sete a dez anos; e 18% há mais de quinze anos.

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A pesquisa também avaliou o padrão de consumo e verificou que 63,3% da amostra era composta por indivíduos que fumavam maconha diariamente, com 27,5% dos pacientes admitindo que usam mais de uma vez por dia. No que diz respeito ao primeiro contato com as drogas, o álcool e o tabaco apresentam-se como as duas primeiras consumidas, antecedendo o uso da maconha, enquanto no início do tratamento o tabaco aparece como a droga de maior prevalência de uso, seguido do álcool e cocaína.


Principais queixas - desde o início das atividades, em 2000, as principais queixas que justificam a busca por tratamento continuam as mesmas e dizem respeito a problemas de relacionamento familiar (pais ou cônjuge), pressão da família, necessidade de postura adequada frente aos filhos, receio de perder oportunidades profissionais, dificuldades no desempenho acadêmico, receio de consumir drogas consideradas pesadas, necessidade de "sair do lugar" e a sensação de que a maconha já não traz o mesmo prazer que trazia no início.

Outros comportamentos relatados pelos pacientes são: a tendência de deixar as coisas para depois, a falta de motivação para atividades importantes, isolamento social, uso associado de álcool, cocaína e crack, dificuldades nos estudos (falta de concentração, perda da memória) e ataques de pânico.


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