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Sexualidade ainda é tabu para profissionais de saúde e educação

Redação Bonde*
20 jul 2016 às 14:09
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No mundo de hoje, moderno por excelência, a informação está por toda a parte. Mas algo que mexe com nossas vidas e que faz parte de nosso cotidiano ainda é tabu: a sexualidade. Sem contar a banalidade que perpetua na internet e outras vias de comunicação, quando o assunto é sério muitos profissionais ainda relutam em abordar o tema. E pior: ainda há quem na área de saúde e/ou educação não esteja preparado para um encontro com a sexualidade.

Em geral os profissionais de saúde e educação têm uma lacuna em seus currículos no que diz respeito a sexualidade. Na verdade o assunto sequer faz parte das grades curriculares do ensino superior, salvo raríssimas exceções.

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Nas últimas décadas, os profissionais de saúde viveram seus maiores desafios frente a sexualidade: a prevenção da AIDS e da gravidez não planejada, bem como a aquisição e/ou manutenção de uma saúde sexual. Mesmo assim, muitos profissionais ainda não se veem preparados para receber a queixa sexual de seus pacientes, caminho comum nesse tipo de questão. Para a maioria das pessoas, falar de sexualidade remete imediatamente ao ato sexual e à reprodução. Mas a sexualidade é muito mais abrangente. Avanços vêm ocorrendo, abrindo espaço para discussão da "sexualidade humana".

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Pode-se dizer que, muitas vezes, a porta de entrada para as queixas sexuais de mulheres é o médico ginecologista. E isso vale para o homem também, pois a queixa masculina também é feita de forma indireta pela parceira. Porém o médico sem preparo adequado para abordar o tema não acolhe a queixa da paciente. A abordagem sexual pode e deve ser de interesse de várias áreas e, que cada profissional tenha a possibilidade de buscar conhecimentos para a sua atuação. Por isso buscar uma especialização que oferece uma abordagem necessária como da terapia sexual, ao profissional médico ou psicólogo, pode melhorar sobremaneira o manejo frente a queixa sexual crescente nos consultórios.

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As dificuldades em lidar com a sexualidade têm afetado também muitos profissionais da área da educação. A educação sexual no Brasil tem sido discutida desde o início do século XX e ainda é foco de discussão, pois não foi assimilada no cotidiano das instituições como a escola e a família.
É comum o assunto fazer parte da realidade de crianças e adolescentes. Basta ver as brincadeiras, as conversas no recreio, os rabiscos nas portas de banheiro e nas carteiras, o "ficar" é uma realidade que não pode ser negada. A sexualidade nunca foi tão explicitada, estampada.


O ser humano é sexual e precisa trabalhar suas dificuldades. Porém, pais e educadores não estão preparados para lidar com o tema. Ou punem erroneamente, sem explicação, ou fingem que não viram ou ouviram a questão em sala de aula. "Até onde eu posso falar? Estou incentivando? Máquina de camisinha?". Faz-se necessário um preparo adequado para acolher estas questões, já que em sua formação, independente do curso, não recebe a oportunidade deste estudo. No contexto escolar, encontra-se um espaço favorável para abordar a temática com os alunos, erradicando mitos e tabus impostos pela sociedade e pouco discutidos no âmbito familiar.

É emergente a necessidade da abertura de espaços para que se discuta a sexualidade sem medos, pois é algo que não se pode omitir. A especialização na área é importante para que profissionais recebam instrumentos que os capacitem frente ao desafio de educar sexualmente. (*Por Jaqueline Pinto, coordenadora do curso de pós-graduação em sexualidade da Famerp)


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