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A Roupa Nova do Rei realidade X ilusão

15 dez 2014 às 20:32
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"Onde a culpa é grande, a graça pode também ser imensa. Semelhante fato produz uma transformação interior infinitamente mais importante do que as reformas políticas e sociais que, na verdade, de nada valem nas mãos de homens injustos. Sempre nos esquecemos disso porque olhamos com fascínio para as circunstâncias que nos rodeiam em lugar de examinar nosso coração e nossa consciência. Todo demagogo se aproveita dessa fraqueza humana e denuncia alto e em bom som, o descaminho das circunstâncias exteriores. No entanto, o que na última instância não caminha bem é o homem".
Carl Gustav Jung - Aspectos do Drama Contemporâneo § 441.

As Roupas Novas do Imperador ou O Rei Vai Nu ou ainda A Roupa Nova do Rei é um conto de fadas de autoria do dinamarquês Hans Christian Andersen, e foi inicialmente publicado em 1837, há não menos de 177 anos, há quase dois séculos.

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Os contos de fadas são inventados de modo imaginativo, misturando emoções, fatos do cotidiano das pessoas, uma boa dose de fantasia, mas tudo a partir de seu meio. Os contos possuem sempre um recado, um alerta, uma moral, uma ética ou ainda simplesmente revelam o pensamento da época em que foram escritos. O fato de se perpetuarem, feito uma tradição, aonde um vai contando para outro por séculos afora, significa que possui em si mesmo, uma força, energia psíquica que vai tomando as pessoas e se reproduzindo até que o recado seja compreendido e assimilado pela psique coletiva.

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De modo que, se faz quase dois séculos que esse conto nos conta e ainda não perdeu seu encanto e nem foi esquecido, é sinal de que sua mensagem ainda faz sentido e encontra em nossa realidade solo fértil. Se ainda faz sentido, algo acontece em nossa cultura e civilização que está reproduzindo o mesmo fato de outrora, a mesma ideia que envolve pensamentos e sentimentos de um povo que por esperança de melhoras, por medo talvez; ou pura impotência; ou ainda por instinto de sobrevivência se adapta e se submete a um Imperador vaidoso e ávido de poder.

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A HISTÓRIA


Um bandido, se fazendo passar por um alfaiate de terras distantes, diz a um determinado rei que poderia fazer uma roupa muito bonita e cara, mas que apenas as pessoas mais inteligentes e astutas poderiam vê-la. O rei gostou da proposta e pediu ao bandido que fizesse uma roupa dessas para ele já se imaginando ostentando sua riqueza, poder e maravilha diante de seu povo faminto e de outros reis.

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O bandido recebeu vários baús cheios de riquezas, rolos de linha de ouro, seda e outros materiais raros e exóticos, exigidos por ele para a confecção das roupas. Ele guardou todos os tesouros e ficou em seu tear, fingindo tecer fios invisíveis, que todas as pessoas alegavam ver, para não parecerem estúpidas.


Até que um dia, o rei se cansou de esperar, e ele e seus ministros quiseram ver o progresso do suposto "alfaiate". Quando o falso tecelão mostrou a mesa de trabalho vazia, o rei exclamou: "Que lindas vestes! Você fez um trabalho magnífico!", embora não visse nada além de uma simples mesa, pois dizer que nada via seria admitir na frente de seus súditos que não tinha a capacidade necessária para ser rei. Os nobres ao redor soltaram falsos suspiros de admiração pelo trabalho do bandido, nenhum deles querendo que achassem que era incompetente ou incapaz.

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O bandido garantiu que as roupas logo estariam completas, e o rei resolveu marcar uma grande parada na cidade para que ele exibisse as vestes especiais. A única pessoa a desmascarar a farsa foi uma criança que gritou espantada e divertida: "O rei está nu!".
O grito é absorvido por todos, o rei se encolhe, suspeitando que a afirmação seja verdadeira, mas mantém-se orgulhosamente e continua a procissão.


Há, ao menos, quatro situações dignas de nota nessa nossa história que faz parte do imaginário coletivo: uma liderança política rica e vaidosa; um povo pobre e submisso; um bandido a explorar o rei e, consequentemente, o próprio povo posto que o dinheiro do rei venha do dinheiro público e, por fim, a perspectiva inocente de uma criança que embora tenha denunciado a realidade não foi o suficiente para transformar a atitude tanto do reinado quanto do reino.

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Como chegamos a depositar em um líder político esbanjador do dinheiro público, criminoso para com o seu próprio povo, nossa esperança de viver uma vida mais plena e rica?
Muitos dirão que um país colonizado tem muita dificuldade em sair desse lugar que o inferioriza. Mas, como profissional da ciência de Psicologia, concluo que existem outros fatores obnubilados pela sombra, por conteúdos desconhecidos pela consciência ou por ela rejeitados por não condizerem ao orgulho narcísico.


Instalar no poder uma liderança que irá nos ditar as regras, normas e atitudes de vida mediante nossos impostos e tributos espelha uma necessidade de ser comandado, de ser dirigido tal qual um filho necessita do pai. Implica, inclusive, em nos posicionar como indivíduos e coletivo sem direção, sem discernimento, sem a estrutura necessária para distinguir o justo do injusto, a moral e a ética. Eternamente necessitando de um pastor, de um padre, de uma mãe e de um pai ou de um Estado que, não apenas o ensine como viver, como também lhe dispense punições ao falhar. Em troca, se espera desse coletivo, o dinheiro para manter o Estado e sua vestimenta egoísta, vaidosa e esbanjadora. Feito um filho que ainda não saiu da casa dos pais e que, por isso, precisa, não apenas ajudar, mas manter todas as despesas e regalias dessa casa que não é sua, mas de seus pais, ou seja, do Estado e quiça do bandido que pode ser relacionado às corporações.

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Entregue assim a esse poder que o próprio coletivo elegeu ou não, fica-se a disposição da sabedoria, da ética, do poder e do bom discernimento do Estado, que como toda figura paterna ou materna, sabemos, por experiência própria, que não estão livres das falhas de caráter. Assim sendo, nos submetemos a um Estado, por nós eleito ou não, que rouba, fere, mata, negligencia a saúde e a educação, fere a Constituição, tudo em nome da obtenção de poder, em nome de sua roupa, de seu status, ganância, orgulho e vaidade.


Como filhos, nos submetemos e aguardamos que o mau humor dos pais melhore um dia, para que a nossa vida também se faça mais benéfica. E para isso, pagamos, aceitamos, morremos, nos ferimos, nos sufocamos e postergamos um presente e um futuro melhor e digno de nossas próprias potências.

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E ainda como filhos, procedemos racionalizando e justificando a atitude desonrosa dos pais, no caso, o Estado. Buscamos até comparar nossos pais com outros de outras nações para nos convencer falaciosamente de que os nossos são melhores e ou, no mínimo, erram do mesmo jeito que os demais.


E assim vamos aturando e a cada dia perdendo o sentido da vida, nossas forças, sensibilidade e as delícias das descobertas de nossas potências, afinal, não enfrentamos o conflito, isso fica como incumbência e dever dos pais/Estado, que se toma atitudes e ações de acordo com aquilo que queremos nos sentimos como filhos prediletos e nos empoderamos contra nossos irmãos que pensam diferentemente.


Queremos que o pai e mãe/Estado nos aplauda e nos acolha em seu seio mais doce, de modo que evitamos a realidade e fazemos de conta que não vemos sua nudez. Já para aqueles que não queriam daquele jeito, resta o ódio dos irmãos e quiçá a de seus pais/Estado, podendo ser perseguidos, torturados, amaldiçoados. Os irmãos brigando entre si, só fazem fortalecer ainda mais o Estado que prevalece acima de toda e qualquer culpa.


Em última instância, como temos a necessidade imatura de uma figura de autoridade a nos conduzir pela vida afora, nos submetemos ao seu mando e desmando, nos adaptamos mesmo que para isso custe a nossa própria razão e sensibilidade. O roubo, o grande saque não se constitui apenas de dinheiro como também de segurança, alegria, projetos para o futuro, honestidade, responsabilidade, amabilidade, confiança, saúde psíquica, etc.


Carl Gustav Jung, afirma que pelo fato de nos separarmos dos instintos e de nos aglomeramos em pequenos ou grandes centros, nos afastamos de nossa sensibilidade a ponto de não mais acreditarmos em nossas percepções e assim ficamos vulneráveis a todo espírito de dominação.
Nesse sentido, somos todos nós, criminosos, pois assassinamos nossa primeira natureza em prol de uma segunda natureza feita de certezas ideológicas e concreto. E que é devido a isso que o crime tem em nós um lugar de fascinação e desejo. Não importa qual crime seja, ficamos extasiados e queremos mais. As séries e filmes com tal conteúdo são sempre muito bem aceitos pelo publico em geral que encontra no bandido um excelente solo fértil para nossas projeções criminosas e assassinas.


Há de se, franca e honestamente, perguntar se o preconceito contra os negros e o imenso desprezo contra os índios (que permanecem isolados em terras distantes sem que suas necessidades básicas sejam atendidas ou ao menos lhe sejam fornecidas orientação e tecnologia para plantar e colher), se essa negação estaria ligada ao fato de termos assassinado nossa primeira natureza já que ambos, negros e índios, representam os primeiros homens de nossa terra.


Enfim, tal como na história, somos pobres. Somos desprovidos do manto do rei por que deslocamos o poder que temos para uma figura de autoridade que nos explora e que só nos "ama" por que a fazemos poderosa e rica. Somos um povo pobre e submisso por que ainda desejamos um líder que nos guie e nos mantenha sob seu cabresto. Somos um povo pobre porque ainda não temos a maturidade de nos reconhecermos como aquele que pode, aquele que tem o poder de transformar e de fazer girar o mundo. Falta-nos o manto do rei que jamais o envergamos com honra e orgulho por nos acreditarmos inferiores e impotentes, assim, o entregamos a qualquer um que tenha a audácia de se intitular o rei de todos coibindo o rei de cada um de nós.


Eu poderia citar o Nietzsche e o seu "além do homem", mas vou considerar que basta me ater ao conceito de individuação de Jung dentro da Psicologia Analítica que contribui para as teorias de desenvolvimento da personalidade. No processo de individuação o indivíduo se distingue da psicologia coletiva, embora esteja ainda mais conscientemente presente na relação com esta, torna-se pai e mãe de si mesmo anulando sua dependência de figuras paternas e maternas tanto individual quanto coletivamente. Não basta a si mesmo, mas a relação simbiótica já não tem espaço e lugar. Alcança sua terceira natureza onde os instintos e a razão caminham juntos e inseparavelmente.


Desse modo usa seu manto de rei sem cair na deflação ou na inflação egóica. Tem sentido de vida e ética para dirigir a si mesmo e acolher as diferenças. Não é mais engolfado pelo arquétipo da autoridade e nem a ele se submete.


Enquanto o processo de individuação social não se faz, continuaremos todos reféns de um titular no qual projetamos o nosso poder, de modo que este, poderá usar e abusar como tem ocorrido em nosso meio. Continuaremos a desculpá-los e a justificar seus crimes. Continuaremos sem distinguir o justo do injusto acreditando que certo e errado é relativo e assim gerando mil racionalismos sem que haja raciocínio.


A criança símbolo da inocência, aquela que não é culpada, é capaz de ver a realidade nua e crua, coisa que os adultos encarcerados em suas celas ideológicas e partidárias, se negam a aceitar exatamente para não gerar conflito e continuar sendo os "amados", o povo escolhido.
No entanto, mesmo a inocência tendo a capacidade de ver a realidade e a denunciá-la ainda não possui o poder transformativo necessário ao coletivo. A inocência, aquela que não tem culpa, não possui poder para fazer girar a roda da mudança social.


Para isso acontecer se faz necessária a consciência madura que percebe sua culpa e sem sucumbir a ela, mas utilizando-a como alavanca para se confrontar com seu lado sombrio, sua ganância, sua sede de poder, sua consciência corrupta e corruptível a fim de suplantar seu próprio ego inflado, fazer desmoronar seus hábitos, atitudes, crenças e valores anteriores a essa transformação. Destituir-se de toda educação de até então. Criar novos e sábios valores de acordo com sua sensibilidade e sua razão.


Fazer girar a roda da vida consciente de sua culpa de modo a alça-la para além do maniqueísmo e dos arquétipos, por que todos eles possuem o poder de engolfar o individuo e ou todo um coletivo, transformando-os apenas e tão somente em fantoche em suas mãos distorcendo totalmente a noção da realidade.


É sabido que um indivíduo sozinho possui comportamento mais ético e comedido do que em grupo, isto porque a pessoa se sente mais fortalecida pela cumplicidade que acontece ali com seus pares, por outro lado, a consciência se nivela pela mais baixa e nunca pela mais alta por simples questão de economia e matemática psíquica. É mais fácil manipular um grupo do que uma pessoa sozinha. O grupo cria um consenso – o rei está vestido com uma roupa maravilhosa – e mesmo que vejam a realidade do fato se dirigem e agem pelo consenso do grupo.


Não seria por isso que religião e política exercem seu poder sobre o coletivo e facilmente o manipula de acordo com suas próprias exigências?


O psiquiatra Sigmund Freud em seu texto "O Mal Estar da Civilização", faz uma comparação entre a religião e o exército que em sua época seria o cerne político, diz que ambos requerem que seus seguidores leiam e preguem de acordo com sua "cartilha" e que servem a um líder que não chegam a conhecer; ambos exigem uma farda, certo hábito e jeito de se vestir e de se comportar; ambos costumam castigar aqueles que não os servem e, finalmente, ambos exigem coisas e castigos caso alguém queira se retirar de debaixo de suas asas.


Nossa civilização têm agido conforme nosso conto de fadas, estamos reproduzindo o conto. Em nome do poder ou da fé; ou em nome do amor e da paz, assistimos e validamos através de nossa passividade as maiores corrupções em nosso governo.


Num mundo onde é sabido que o consumismo nos derrota; onde é sabido que devemos estabelecer Economia Baseada em Recursos e ou a Economia Sustentável; onde é sabido que as grandes corporações comandam o mundo; onde é sabido que sem florestas não sobreviveremos; onde é sabido que a poluição industrial mata rios e mares; onde é sabido que uma população sem saúde e educação não sai da miséria; onde é sabido que o uso da tecnologia e da ciência perfaz a solução para diminuir desigualdades e estabelecer um nível bem maior de qualidade de vida para todos; onde é sabido que a corrupção atravessa os maiores partidos políticos desse país; onde é sabido que o nosso governo enriquece a si mesmo e aos seus pares; onde é sabido que existe impunidade para aquele que tem dinheiro; onde é sabido que a arrecadação do povo é altíssima e que isso não retorna em bens para o povo; onde é sabido que seus líderes utilizam dinheiro público para fazer cumplicidade política com outras nações; onde é sabido que os próprios movimentos sociais são corruptos e corruptíveis; etc, etc. Onde tudo isso é sabido, temos sim que nos perguntarmos por que deixamos? Por que atribuímos a eles tal poder?


Por que eternizamos essa relação sadomasoquista quando o mundo nos está ensinando que a tecnologia e a ciência irão nos impulsionar a uma vida mais justa e plena e não mais a política e a religião que estão, há muito tempo, dando mostras de sua total decadência?


Como disse Jung no trecho de seu texto que abriu essas considerações, estabelecer nossa própria culpa e derrotarmos o nosso lado sombrio poderá fazer com que passemos a ver em nossos líderes esse mesmo lado sombrio e ao invés de nos identificarmos com ele, poderemos diferenciá-los e colocar um sagrado NÃO, estaremos aptos a dar continência, impor limites, e não sermos mais o conteúdo dessas ações miseráveis e rapinantes.


Conforme a análise de Carl Gustav Jung em Entrevistas e Encontros, Hitler obteve tanto poder por que foi o receptáculo da sombra do povo alemão daquela época. A Alemanha se sentia inferior às nações vizinhas da Europa, era como se fosse a irmã caçula, de modo que seu sintoma de inferioridade ansiava pela conquista de ser a melhor e mais importante. Hitler leu esta necessidade e foi aceito pelo público alemão quando resolveu que a raça ariana era a mais pura raça do planeta e que assim sendo tinha todo o direito de ser a dona do mundo. Iremos mesmo repetir esse modelito antiquado e ultrapassado?


Desse modo, o sentimento de inferioridade de uma nação projetado num psicopata deu origem a guerras e ao holocausto. Será que nós, enquanto nação, temos inveja e por isso sentimo-nos inferiores à América do Norte? E será por isso que estamos nos armando e criando uma única América Latina? Teremos nós um sentido de vingança contra o povo da América do Norte? E aqui dentro do próprio Brasil? Temos inveja e por isso sentimento de inferioridade contra nossos pares que são mais ricos? E será por isso que alimentamos ódio e vingança contra as classes que acreditamos superiores?


Perguntas e respostas que nos levariam a reconhecer nosso lado sombrio, nossa culpa e que nos ensinaria a beleza e a feiura da identidade de cada grupo, de cada classe e de cada país da América Latina.


O Brasil não tem a mesma psicologia da Venezuela e nem de Cuba, do mesmo modo que nenhum dos nossos filhos são psicologicamente iguais, cada um é diferente do outro. Assim somos nós diante dos países da América Latina, a unificação dela poderá abafar a individualidade psicológica e fomentar uma unidade simbiótica nada saudável. E as pessoas poderiam, ao menos, pensar sobre isso.


Por outro lado, Brasil e Estados Unidos, objeto de nossa inveja e ambivalência entre amor e ódio, são completamente opostos em termos de psicologia. Enquanto um é apolíneo, objetivo, organizado e com regras e limites claros, o outro é dionisíaco, caótico, subjetivo. Enquanto o apolíneo se perde em sua lucidez gerando a loucura , o dionisíaco, por sua vez, se perde em sua intensidades instintivas, gerando sua própria loucura.


Os Estados Unidos tem inveja de nosso modo dionisíaco de ser tanto quanto nós temos inveja de seu modo apolíneo de ser. A solução não é a separação e a vingança. A solução está na união desses opostos. Enquanto os Estados Unidos desenvolve seu lado sombrio e redescobre seus instintos mais loucos, nós no Brasil devíamos desenvolver o nosso lado sombrio a fim de alcançar ordem e objetividade.


A união dos opostos acarreta multiplicidade e acolhimento às diferenças, enquanto que a aversão ao oposto acarreta ódio, desejo de vingança e sentimento de inferioridade que ao invés de acolher as diferenças urge pela unidade, pelo espelhamento. Daí o grande risco de uma nação narcísica que se caracteriza principalmente pelo regime ditatorial, guerras, conflitos externos e internos. O manto da pobreza, a nudez negada contra a sedução de um ideal ilusionista.


As ideias e pensamentos aqui reunidos tem sua fundamentação teórica nos seguintes textos consultados e recomendados:



MCGUIRE, William e HULL, R.F.C. - "C. G. Jung: Entrevistas e Encontros" - (Ed. Cultrix), ano 1982.


JUNG, Carl Gustav - Aspectos do Drama Contemporâneo – Vol. X/2 das Obras Completas – Ed. Vozes, ano 1990.


FREUD, Sigmund - (1996). O mal-estar na civilização. In S. Freud. Edição Standard das
Obras Completas de Sigmund Freud (vol. 21). Rio de Janeiro: Imago. (Obra original publicada em 1930).


CONSULTÓRIO DE PSICOLOGIA & ESTUDOS JUNGUIANOS SONIA LUNARDON VAZ
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