O estilista britânico John Galliano foi demitido nesta terça-feira (1º) pela grife Dior em decorrência de um vídeo divulgado na semana passada pela internet em que Galliano aparentemente aparece fazendo comentários antissemitas em um bar de Paris.
A direção da Dior informou que decidiu pela demissão depois de assistir ao vídeo.
"Condeno firmemente o que foi dito por John Galliano", disse o presidente-executivo da grife, Sidney Toledano.
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O vídeo divulgado no site do tabloide britânico The Sun mostra uma pessoa que seria Galliano em uma mesa de um bar falando "Eu amo Hitler", entre outras declarações.
Um advogado do estilista de 50 anos afirma que ele nega as acusações.
Galliano, que trabalha para a marca desde 1996, já havia sido suspenso pela Dior na semana passada.
Críticas
Nesta terça-feira a ganhadora do Oscar de melhor atriz, Natalie Portman, disse que estava "enojada" com as supostas declarações antissemitas de Galliano.
Portman, que é judia, é o novo rosto da campanha do perfume Miss Dior Cherie e foi vista usando Dior em várias ocasiões.
"Estou profundamente chocada", afirmou em um comunicado a atriz, que ganhou o Oscar por sua atuação em Cisne Negro no domingo.
"Depois da divulgação deste vídeo e como uma pessoa que tem orgulho de ser judia, não vou me associar de maneira nenhuma ao senhor Galliano."
"Espero que, pelo menos, este comentários terríveis nos lembrem de refletir e agir para combater estes preconceitos que ainda existem e que são o oposto de tudo o que é belo", completou.
A polícia francesa deteve Galliano na noite de quinta-feira depois que um casal o acusou de fazer comentários antissemitas. O designer também teria trocado tapas com o casal.
No vídeo divulgado pelo The Sun, um homem que seria Galliano é visto em uma mesa de um bar por duas mulheres.
"Pessoas como vocês seriam mortas hoje, suas mães, seus antepassados seriam mortos com gás", afirma o homem mostrado no vídeo.