Além do Fato

Defesa de envolvido em latrocínio pede rejeição de denúncia

30 out 2018 às 07:44

O advogado Leonardo Martins Félix pediu que a Justiça descarte a denúncia de latrocínio (roubo seguido de morte) de Martiliano Bispo Pereira, 19 anos, na morte do empresário Rafael Francisco Martins, 48, em 19 de setembro na região sul de Londrina. Para a defesa, as acusações do Ministério Público são "suposições, não havendo elementos suficientes para demonstrar que praticou ou queria praticar o crime". Pereira está preso preventivamente há pouco mais de um mês.


O jovem foi detido por policiais civis da 10ª SDP na casa do auxiliar de serviços gerais Mateus Farias Alves da Silva, 24. O suspeito foi solto pelo juiz da 4ª Vara Criminal, Luiz Valerio dos Santos, no começo de outubro. Ele vai responder por favorecimento pessoal por supostamente ter ajudado a esconder o carro usado para a fuga dos criminosos. Dias depois, investigadores prenderam Lucas Oliveira de Souza, 18, na rodoviária de Apucarana. De acordo com a polícia, ele se preparava para fugir em um ônibus. Um adolescente de 17 anos, que teria atirado na vítima, também é investigado.


Segundo o advogado, "não há provas, como a falta da arma e do projétil usados no crime, que indiquem que o Martiliano quis participar especificamente do latrocínio". Questionado se o fato do acusado ter pegado o veículo do irmão e transportado os outros envolvidos não é um sinal de participação, a defesa disse apenas que "a realidade será demonstrada no decorrer da instrução criminal".

O crime

Dono de uma empresa de entregas em Londrina, Rafael Martins estava no veículo com a esposa quando foi abordado por Martiliano, Lucas e o adolescente. Para a polícia, ele foi morto com um tiro na cabeça ao tentar tirar o cinto de segurança. O menor teria se assustado e disparado. Apesar do acionamento rápido do socorro médico, o empresário morreu no local. A mulher dele sobreviveu e foi decisiva para que a polícia localizassem os suspeitos, que confessaram o envolvimento.


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