O advogado Giovani Fiorentini apresentou resposta à acusação do Ministério Público contra Luiz André Corrêa, 18 anos, e Leandro Corrêa, 36, irmãos que tentaram assaltar a Catedral Metropolitana de Londrina, região central, há pouco mais de um mês. No documento apensado ao processo que tramita na 2ª Vara Criminal, a defesa classificou o caso "como um ato de desespero. Estão arrependidos. Não agiram a mando de ninguém. Eles têm mulher e filhos e são os provedores do lar", explicou.
Perguntado sobre detalhes dos argumentos que se opõem ao entendimento do MP, Fiorentini informou que "só se manifestará de forma mais aprofundada na fase de instrução". No dia 14 de agosto, durante audiência de custódia na VEP (Vara de Execuções Penais), a juíza Deborah Penna decretou a prisão preventiva da dupla. Para o advogado, a sustentação de "ordem pública", como suscitado na sessão, "não merece prosperar porque não foi apresentado nenhum fato, além do próprio delito, que demonstre que eles poderiam oferecer perigo".
Os irmãos Corrêa foram presos em flagrante pela Polícia Militar. Armados com um revólver calibre 38 e uma réplica de pistola, eles renderam e levaram funcionários para o segundo andar da Catedral. O pároco da igreja, padre Dirceu Júnior dos Reis, realizava uma reunião com paroquianos quando estranhou a movimentação. Ele teve tempo de chamar a PM, que, após uma rápida negociação, deteve os assaltantes quando estes saíam com uma bolsa cheia do dízimo do final de semana.