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O mal mostra a sua face

13 jun 2016 às 14:17
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Uma das piores tragédias de nosso tempo, apontada insistentemente pelos papas João Paulo II e Bento XVI, é o relativismo moral. Trata-se da convicção, cada vez mais disseminada, de que o bem e o mal são noções construídas socialmente, e que podem variar segundo as condições históricas e as posições ideológicas dos agentes envolvidos. Isso constitui uma vantagem estratégica para o mal, pois este nunca se apresenta de modo direto, mas sempre sob o disfarce das melhores intenções. O próprio nome de Deus acaba sendo utilizado na tentativa de justificar as práticas mais nefandas. É o caso do terrorismo islâmico.

O ataque à boate gay nos EUA é uma expressão do mal absoluto. Todos os grandes crimes contra a humanidade — o Holocausto, o Holodomor, o Grande Salto para a Frente, a Revolução Cultural chinesa, o Khmer Vermelho — foram perpetrados com a finalidade de eliminar supostos "inimigos do povo". Os nomes desse inimigo podem variar: judeus, ciganos, homossexuais, testemunhas de Jeová, kulaks, médicos, banqueiros, liberais, burgueses. O que não varia é o ódio dos sistemas totalitários — comunismo, nazismo, fascismo e extremismo islâmico — contra coletividades abstratas que podem ser moldadas conforme as circunstâncias políticas.

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Como bem disse Viktor Frankl, sobrevivente do genocídio nazista, "existem meios cuja aplicação degrada o mais santo dos fins". Matar um ser humano por razões políticas ou religiosas é uma atitude que não pode ser relativizada em hipótese alguma. Estamos diante do mal — e este deve ser combatido com todas as forças, em todas as situações. Da mesma forma que nos casos de estupro coletivo e violência contra crianças, não existem atenuantes para o terrorismo.

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É preciso dizer com todas as letras: não foi Deus quem inspirou o atentado de Orlando — foi o demônio. Se você acha que isso é bobagem, saiba que um dos principais objetivos do inimigo é que não acreditemos na existência dele. A intenção do diabo sempre foi dividir os filhos de Deus — para que assim eles sejam submissos ao mal absoluto. Um exemplo do triunfo demoníaco está no magnífico romance "Submissão", de Michel Houllebecq, leitura essencial para os dias de hoje.

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Na América e na Europa, se a civilização quiser vencer a guerra contra o espírito do mal, tem o dever de usar como escudos os valores judaico-cristãos que fundamentam a nossa vida em sociedade. É hora de colocar, acima de nossas diferenças, o caráter sagrado da vida humana e a dignidade do indivíduo, que são os alicerces da cultura ocidental.


Cabe aqui a advertência do poeta russo Joseph Brodsky a estudantes americanos em 1984: "Estamos falando das horas escuras de nossa vida, nas quais só temos à nossa disposição nossa face, nossa túnica, nossa capa e um par de pés que ainda é capaz de caminhar mil ou 2 mil passos".

Brodsky, expulso da União Soviética por "parasitismo social", sabia que o mal não pode ser relativizado. O mal existe e está solto no mundo; cabe a nós enfrentá-lo com destemor, em um combate face a face.


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