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Uma cela para Dilma

08 jun 2016 às 16:06
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Hotéis de luxo costumam ter suítes presidenciais; a carceragem da Polícia Federal em Curitiba poderia adotar o mesmo sistema e criar uma cela presidencial para Lula, Dilma, Collor e Sarney. Ao lado, o juiz Sergio Moro poderia instalar uma cela presidencial do Legislativo, a ser ocupada por Renan Calheiros e Eduardo Cunha. Romero Jucá, importante liderança do Senado, teria direito a lhes fazer companhia.

Cadeia é a palavra que resume o meu pensamento sobre os políticos citados no parágrafo anterior. Uma vez comprovadas maracutaias de FHC ou de Aécio Neves, que sejam eles também inseridos no contexto carcerário. O xilindró presidencial não faz acepção de partidos. Tem lugar para todos.

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Uma atriz decadente, musa da minha adolescência, fez um apelo na Internet dizendo que a não-presidente Dilma corre o risco de passar fome. Não se preocupe, Tássia! Eis a solução: basta que Dilma se apresente espontaneamente a Sergio Moro, admitindo seus crimes, e terá as refeições garantidas por muito tempo. Na hora do banho de sol, Sarney, criador do MinC, poderá recitar aos companheiros de cárcere alguns poemas de "Marimbondos de Fogo". República de Curitiba também é cultura.

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Ah, desculpem. Parece-me que, em função da idade avançada, Sarney não ficará na prisão. Apenas usará tornozeleiras eletrônicas. Nem Paulo Francis, em seus artigos mais virulentos, poderia imaginar que o imortal Ribamar teria um final de carreira tão melancólico.

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No entanto, parece-me que o pedido de prisão feito por Rodrigo Janot contra os políticos peemedebistas peca exatamente por fazer acepção de partidos. Sobre Dilma e Lula, que tentaram burlar a Justiça utilizando o Ministério da Casa Civil como valhacouto, nenhuma palavra até agora. Silêncio sepulcral. Sobre as denúncias de propina direta à não-presidente, nada. Nem um mísero pedido de tornozeleira. Até quando essa blindagem?


Mesmo na minha ingenuidade, acho que entendi. Se Renan for destituído da Presidência do Senado e tomar o rumo da cadeia, quem assume o cargo é o senador petista Jorge Viana, do Acre. E aí nós vamos descobrir que era pura lenda urbana aquela história de que o Acre não existe. Como presidente do Senado, Viana — grande amigo de Marina, a melancia — terá poder para atrapalhar e, na hipótese extrema, sepultar o processo de impeachment da sra. Dilma Rousseff. Em conversa gravada pela PF, Viana chama Sergio Moro de "bandido". Esse é o nível.


Imaginem que beleza! Michel Temer, fragilizado pela bandidagem do PMDB, perde apoio no Senado e a não-presidente volta ao cargo, colocando em prática seu plano para afundar a nação de vez e transformá-la numa grande Venezuela, com a economia no fundo do poço, o Estado aparelhado e o povo na penúria. Poderemos então mudar o nome do país para República Socialista do Brasil.

Diante de tudo, faço duas observações finais. A primeira: eles se esqueceram de combinar com o Moro. A segunda: mais uma vez, Olavo de Carvalho tem razão.


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