Neste finzinho de ano somos envolvidos pela magia do natal, mas confesso já ter vivenciado algo parecido durante algumas vezes neste ano. Quando passamos pela Terra Santa, é Natal o ano todo. Estas viagens me prepararam para este tempo tão especial. Hoje vou recordar uma peregrinação de um passado bem próximo e a Clenira vai me ajudar.
"Peregrinar, para mim, antes do buscar pelo Sagrado, era jogar uma mochila nas costas e sair por aí. Com a viagem entendi o seu verdadeiro significado. Foi, essencialmente, o encontro com a minha fé, com meu espiritual, com o meu eu. Me permitiu fortalecer e purificar a minha alma, o meu Espírito, curar velhas feridas, fazer as pazes comigo e, principalmente, ir às origens onde tudo começou. Tudo isso me deixou mais perto de Deus. Peregrinar ganhou então um novo sentido: "Sentir Deus nos pequenos gestos, no rústico, no belo, enfim, em tudo!", afirmou.
E continuou: "Como sou devota de Nossa Senhora, estar na gruta no Egito e na casa dela em Nazaré, me emocionou muito. A felicidade saltou aos olhos e muitas lágrimas correram expressando minha gratidão e alegria por todas as intervenções que ela já fez em minha vida e de minha família".
Perguntei a ela como o convívio em grupo contribuiu para seu aproveitamento espiritual. E Clenira sentenciou: "Contribuiu de uma forma única. Cada um com seu jeito especial de ser me mostrou, com sua determinação, alegria, companheirismo e amor ao colega de viagem, como é ser um verdadeiro cristão. Colhi frutos que irão comigo até a eternidade. Fortaleci minha fé e meu Espírito, me tornei um ser humano melhor e fiz deliciosas amizades que não se encerraram ao término da viagem. Aprendi que coincidência não existe, tudo é feito pelas mãos de Deus", finaliza Clenira.
Quando buscamos pelo Sagrado e no caminho partilhamos um pouco das lutas de nossos irmãos, essa busca se torna ainda mais saborosa, pois enxergamos no próximo semelhanças que nos confortam!
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