Jogando com Vitão

Senna e mais 4 motivos para jogar F1 2019

03 out 2019 às 11:54

Os fãs brasileiros da Fórmula 1 viveram um relacionamento de altos e baixos com o esporte após a morte de Ayrton Senna, que completou 25 anos em 2019. Nos videogames, essa relação é parecida, afinal, a cada temporada existe uma expectativa que o jogo tenha uma pegada mais imersiva e assim traga novos jogadores para acelerar nas pistas virtuais pelo mundo.

F1 2019 - game desenvolvido pela inglesa Codemasters - parece ter acertado a mão nesta temporada. Lançado há alguns meses, o jogo acerta ao criar um modo carreira envolvente, apesar de alguns tropeços. Mais do que isso, traz uma DLC em que é possível jogar com Senna no seu 1990 McLaren MP4/5B e Alain Prost no Ferrari F1-90, mostrando um pouco dessa rivalidade histórica entre os pilotos.



A reportagem da FOLHA recebeu uma cópia do game e, junto ao engenheiro mecânico e apaixonado por carros (e por Senna), Felipe Rocha dos Reis, resolveu testar o novo jogo da Codesmaster. Felipe ainda é blogueiro de audiência no Portal Bonde, Oficina Londrina, que traz novidades sobre o mundo do automobilismo e lançamentos do setor. Confira alguns pontos que ele destacou após se dedicar intensamente no jogo.


Beleza gráfica e jogabilidade


Felipe destaca que o game é bem intuitivo e fácil de se envolver. Ele cita por exemplo a beleza dos gráficos nas pistas noturnas de Bahrein e Singapura, que trazem uma imersão incrível. O mesmo acontece nas situações de chuva. "Joguei na visão acima do halo, no ponto mais alto do carro. Durante a chuva, vem o spray do carro da frente o que gera uma sensação de desespero.”


Em relação a jogabilidade, Rocha falou que agrada "gregos e troianos”, sendo possível configurações bem específicas. "Quem curte um modo mais arcade, ainda pode jogar de forma competitiva, deixando os assistentes de controle acionados mas ainda com a Inteligência Artificial dos adversários alta.”



Realismo nas colisões


Outro ponto citado pelo engenheiro é o realismo nas colisões, também configuráveis. No modo mais realista, ele cita que qualquer contado já gera uma falta de estabilidade do carro. "Se você passa reto numa chicane ou em tartarugas o carro já fica danificado. Se a equipe também manda trocar os pneus e você não faz ele vão perdendo pressão e fica bem difícil de pilotar o carro.”


Modo Carreira


Como tem acontecido nos games de futebol, o F1 2019 também quer trazer o emocional para o modo carreira. A ideia é que a cada fala do piloto – com pode de opção do jogador – isso influencie no comportamento com a equipe, ganhando e perdendo pontos que são importantes para ajuste do carro. "O que não gostei nesse modo é que as entrevistas algumas vezes não tem muito a ver com o que aconteceu a corrida. O game te obriga a dar algumas respostas que não estão no contexto. Por exemplo, te colocam numa saia justa com a equipe dizendo que você acabou tocando no muro, mesmo que durante a corrida isso não tenha acontecido. Querem deixar meio 'novelinha', mas em algumas situações não deu muito certo.”


DLC com "barulhos nostálgicos”


O ponto alto do game sem dúvida é pilotar carros que fizeram história na F1, afinal, muitos jogadores sentem mais empatia com o passado do esporte. A DLC coloca Senna e Prost frente a frente novamente com suas icônicas McLaren e Ferrari. Neste caso, não são corridas completas, mas pequenos desafios, como ultrapassar o adversário num determinado número de voltas, ou estar em último e chegar em primeiro. "O que me chamou muito a atenção foi o realismo do barulho do motor dos carros da época. O som da Ferrari do Prost é lindo e num home theater ficaria incrível. O ponto baixo é que a DLC não tem um efeito replay, ou seja, após completar o desafio não se cria novas alternativas para jogar novamente.”


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