Assessoria:
Os deputados estaduais que fazem parte da CPI DO PEDÁGIO, presidida pelo deputado estadual Nelson Luersen, ouvem nesta terça-feira os depoimentos dos representantes da Ecovia Caminhos do Mar e da Rodonorte.
Os depoimentos estão marcados para 9h, no Plenarinho. O presidente da Rodonorte, José Alberto Moita e o diretor superintendente da Ecovia, Evandro Couto Vianna serão os últimos representantes de concessionárias que serão ouvidos pelos parlamentares.
Até agora, a maior parte dos representantes das empresas que operam o pedágio no Anel de Integração diz que é importante uma revisão contratual com novas obras a serem programadas e redução de tarifas.
Na semana passada, o presidente da Viapar, Marcelo Machado, garantiu que todas as obras programadas para serem realizadas ate 2021 serão realizadas. E confirmou que uma obra está atrasada: o Contorno de Mandaguari. A obra, que deveria ter sido feita em 2008, não foi por um confronto criado – segundo ele - pelo governo Roberto Requião. "Era para termos feito a obra até 2008, fizemos o projeto e enviamos para o governo à época. O governo deveria cumprir sua parte, que era fazer as desapropriações para que a obra fosse executada e não cumpriu nem mesmo a decisão judicial que provocamos para isto. Esta obra será entregue no ano que vem por omissão do governador da época", esclareceu.
A obra de 10 quilômetros custará R$ 95 milhões (R$ 5 milhões de desapropriações). Em 1997, o contrato original dizia que a obra custaria R$ 57 milhões.
Já o diretor presidente da Caminhos do Paraná, Ruy Sérgio Giublin, confirmou que a concessionária tem R$ 300 milhões em obras para serem feitas até 2021 e garantiu que a empresa está disposta a negociar a antecipação destas obras. Até agora, teriam sido feitos 4,4 quilômetros de duplicações, além de trevos em Irati, Porto Amazonas e Relógio, cinco passarelas e melhorias do perímetro urbano de Contenda e de Guarapuava.
Além da obra entre Relógio e Guarapuava, a Caminhos do Paraná está iniciando um viaduto em Prudentópolis para reduzir o índice de acidentes na região. Giublin lembrou que a concessionária foi uma das que teve o menor índice de redução de obras e de duplicações pelo fato de ter recebido a Praça de Pedágio da Lapa – mesmo sem licitação. Com a Praça, a empresa teria resolvido abrir mão de degraus tarifários acordados em 2002 e em 2004 – de 14% cada.
Atualmente, Giublin entende que exista um desequilíbrio contratual e tem discutido com técnicos do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) uma alternativa viável para recompor o equilíbrio. "Estamos conversando sobre obras e poderemos até chegar em redução de tarifas. Mas tudo depende da negociação e do termo de ajuste que iremos fazer entre as partes".