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Pensando sexualidade e independência

11 fev 2019 às 09:00
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Numa famosa feira de tecnologia nos EUA foi apresentado um produto novo, feito por uma turma de engenheiras, que deu o que falar. O produto era um vibrador para mulheres cheio de características inovadoras que, segundo se dizia, podia substituir um homem. O prazer proporcionado pela engenhoca tecnológica era garantido, o que nem sempre acontece quando se trata de um acompanhante real. Inicialmente, o vibrador foi saudado como revolucionário e aplaudido, mas, depois de um tempo, acabou retirado da feira e considerado obsceno e profano.


Na verdade, um grupo de homens esteve por detrás da reviravolta que fez a engenhoca cair do Olimpo para o inferno. A sexualidade feminina ainda não é bem aceita. De fato, a sexualidade em geral não é bem aceita, nem a masculina nem a feminina. Os homens, apesar de parecerem gozar de uma sexualidade mais livre e direta, vivem tantos conflitos e inseguranças que não dá para dizer que estão resolvidos nesta área. Homens e mulheres se desencontram no campo sexual e vivem com muito pouca qualidade aquilo que é tão importante para a vida.

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Tradicionalmente, ficou vinculado que a sexualidade masculina é dominante, agressiva, que os homens são mais sexuais e vão atrás do que querem. Já às mulheres ficou reservado o papel de submissas, passivas, não tão sexuais (mulheres mais sexualizadas eram consideradas devassas) e que ficam sempre à espera dos homens. Só que sexualidade não é isso. Aliás, isso tudo é uma limitação muito grande da dimensão sexual que temos disponível em nossas vidas. Vivemos pobres quanto à sexualidade.

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No caso do vibrador acima ficou escancarado o quanto os homens ficaram inseguros. Um aparelho que promete prazer ao público feminino e até ser mais satisfatório que os próprios homens fez com que muitos deles se movimentassem para condenar o produto e qualifica-lo como algo ruim.

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Ora, se as mulheres se tornam mais satisfeitas, mais realizadas, elas ficam cada vez menos submissas e isso representa toda uma mudança no que tradicionalmente se fez valer. Homens e até mulheres temem muito mudar a atual condição em que vivemos.


Em alguns lugares do mundo mulheres têm os clitóris extirpados. Alguns querem acreditar que isso é cultural, mas na verdade não. É que mulheres mutiladas, humilhadas, acabam por ficar mais submissas, não lutam por seus direitos e nem procuram mudanças na vida. Em outras palavras, tornam-se sujeitas ao outro, tornam-se objetos e como tal podem ser usadas.


Tanto as religiões quanto a política no decorrer da história apresentaram fortes condenações à sexualidade. Um povo que não se conhece (e viver plenamente a própria sexualidade é se conhecer mais) é facilmente manipulado e, ao invés de ser livre, ficam como crianças assustadas e dependentes.

A revolução sexual que se diz que ocorreu na década de 60 não foi uma verdadeira revolução. Trouxe imensos benefícios, como métodos contraceptivos e maior liberdade, mas ainda há muito por fazer. Ainda carecemos de uma verdadeira revolução na maneira em que vivemos a dimensão da sexualidade. Enquanto esta não acontecer vamos continuar sofrendo muito e desnecessariamente. Nós, homens e mulheres.


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