Pois é... estamos na net. Primeiro, as boas vindas: que os acertos sejam duradouros e que os erros sejam poucos. Quero dizer que não sou nenhum doutor em segurança pública - e nem tenho esta pretensão -, mas acredito que, com a colaboração de todos, podemos provocar discussões que não fiquem apenas no limbo do mundo virtual. Esse será o propósito. Sempre.

Desengatilhar o revólver para empunhar o lápis contra uma folha de papel em branco. Esta sim é uma forma eficiente de política que resvala na segurança pública. E bem na data em que o país lembrava o dia da Consciência Negra, nossos deputados apovaram projeto que reserva metade dos bancos das escolas públicas federais de nível superior, médio e técnico para alunos que penaram na escola pública no ensino médio, que de médio tem só o nome. Só lembrando que a proposta ainda precisa ser benzida no Senado antes de passar a valer.
O Governo está certo quando mira na educação para acertar outros alvos, como a desigualdade e a violência. Os números do Departamento Penitenciário do Paraná (Depen) indicam isso para quem quiser ver: dos mais de onze mil e duzentos presos que estavam no sistema prisional ao final do ano passado, 76% (9,1 mil) não chegaram nem ao final do ensino fundamental. Seis em cada dez tinham entre 18 e 29 anos.
E a pergunta é? Porque será que os estudantes de ontem fugiram das salas de aula e invadiram hoje, pela janela dos fundos, nossas salas de jantar?

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