O presidente do Londrina, Peter Silva, daria um bom roteirista de novela mexicana. Tudo no clube é resolvido por longos capítulos, vira drama, mas, ao contrário dos folhetins, sempre termina com final infeliz para o clube, salvo raras exceções.
A novela em cartaz agora é a da contratação do novo treinador. Gilberto Pereira deve ser confirmado entre hoje e amanhã. Porém, no imprevisível Tubarão, tudo pode mudar do dia pra noite.
Pereira quer o LEC e o LEC quer Pereira.
Pereira quer saber se vai receber. O LEC quer saber se vai ter dinheiro para pagar.
Pereira quer saber se os jogadores vão receber. O LEC quer saber como vai pagar.
Peter teria tentado convencer o grupo liderado pelo empresário Persius Sampaio a bancar o salário do treinador. Mais do que isso, Peter ainda tenta convencer o grupo a pagar o salário de mais uns dez jogadores.
A Royal Players, empresa que gere o Nacional, é de três sócios: Persius, Gilberto Ponce e o ortopedista Alexandre Queiroz. Os mesmos que foram deixados de lado pelo clube quando Adir Leme da Silva apareceu, em 2007. Por mais que tentem, eles não conseguem esconder a mágoa. Não com o clube, mas com o presidente. Afinal, colaboraram financeiramente com o Londrina durante um bom tempo. A empresa tem uma dívida até certo ponto alta a receber do Londrina. Um dia, podem querer cobrá-la. Por enquanto não. E até sinalizam com uma reaproximação, com uma nova ajuda.
Mas tudo é apenas mais uma incerteza, uma nova novela. Aliás, o Londrina preenche a vida com novelas para poder se manter na mídia desde que deixou de ser notícia pelo que fazem campo como outrora, em que pelo menos tinha um calendário atraente, como um time de verdade, que não vive de contos de fadas.
Em casa
Campeão em arrumar confusão no Paraná, o empresário e quase ex-menudo Aurélio Almeida levou seu Real Brasil para a capital federal. Isso mesmo, ele se instalou em Brasília com seu time, ou seus times, como quiserem, já que ele é dono também do Império Toledo, Grêmio Maringá e até o Puebla do México. Pelo menos no site do Real Brasil tem um vídeo em que ele mostra documentos à rede mexicana Televisa comprovando a compra.
Por onde passou, o quase menudo arrumou confusão, deixou dívidas e muita gente brava. Nada melhor do que mudar-se, então, para um lugar onde golpes, e outras coisinhas, digamos deselegantes, sejam normais. Brasília, o reino dos cidadãos ilibados, de índole inquestionável e de reputação blindada seria o melhor lugar. O cara consegue até vender capa de chuva no deserto. Para quem quiser saber como ter sucesso no futebol,virar um jogador profissional e tal, é só clicar aqui.