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Vida Cigana

01 jun 2009 às 10:15
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O novo lema dos dirigentes de clubes no Paraná é bem antigo: "Se a montanha não vem a Maomé, Maomé vai à Montanha".
Um dos primeiros textos desse blog foi sobre a nova onda do futebol, principalmente aqui, no Paraná. Como diria o nobre deputado Sérgio Moraes (PTB-RS), os dirigentes estão se lixando para torcida, cidade, regulamentos e tudo mais. O negócio ir atrás de onde o dinheiro está.
Exemplos não faltam. O grande empresário Aurélio Almeida rodou o Paraná com seus clubes. Jogou em Maringá, Toledo, São José dos Pinhais, sondou Ponta Grossa, Foz do Iguaçu e agora está na capital federal. Sente-se em casa por lá, na terra onde o nobre deputado Sérgio Moraes trabalha junto com outros coleguinhas.
A Adap é outro exemplo de andança. Como não conseguiu adotar a música "Vida Cigana" como hino, o time, que nasceu em Jacarezinho, resolveu levar o título da canção ao pé da letra. Do Norte Pioneiro, pulou para Ponta Grossa. Dos Campos Gerais, desembarcou em Campo Mourão. De lá, chegou apavorando em Maringá. Incorporou o Galo ao nome, mas, depois de algumas ciscadas, parou de cantar naquele terreiro e abandonou o futebol profissional.
Por falar em Maringá, o outro time da cidade, o Maringá Iguatemi, eterno saco de pancadas da Divisão de Acesso, em apenas três anos de vida já foi Atlético de Pitanga, Astrel e Maringá Iguatemi.
Agora, outro time pode se mudar para a Cidade das Barcas, ou melhor, Cidade Canção. A minúscula Engenheiro Beltrão ficou pequena para a equipe de lá. Assim, o Engenheiro Beltrão deve se mudar de mala e cuia para Maringá e disputar o Paranaense de 2010 por lá.
A Portuguesa Londrinense é a bola da vez. Ela, que no ano passado foi de Cambé, agora arruma as malas para montar acampamento em União da Vitória. Com o Iguaçu rebaixado e a ótima campanha da Lusinha na Divisão de Acesso, os dirigentes locais cresceram os olhos sobre o time da Vila Santa Terezinha. Sem torcida, patrocínio e apoio em Londrina, o time deve ir embora.
O mesmo fez a AFA, que era de Umuarama e foi atrás da grana que sobrava no Foz do Iguaçu, outro rebaixado no Paranaense. O Iraty, por conta da logística, se muda para Londrina ano que vem.
E por aí vai. Hoje meu time é rebaixado, mas não tem problema. Amanhã eu empresto outro e mantenho minha cidade na primeira divisão, mantenho meus atletas na vitrine e os torcedores destes times e cidades, ah, que se danem. Só para lembrar, o futebol paranaense ocupa a rabeira do Brasileirão. Como diria o jornalista Ayrton Baptista Júnior, do Craques e Caneladas, a dupla Atletiba está treinando revezamento de lanterna.
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