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Ano novo: O futuro e seus segredos

29 dez 2014 às 14:52
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Ano novo é uma arca que guarda futuros. Há uma ansiedade em abrir o cadeado e ver o que há lá dentro. Ano velho, ano novo. O pequeno salto entre o que já experimentamos, não importa o sabor e o que há de vir.


Precisamos dessa divisão do tempo. A cada doze meses fazer a pausa, descansar, jogar água na cara, saciar a sede, tilintar taças, comer, beber, cantar. Depois da festa, retomar a caminhada rumo ao desconhecido, os outros doze meses. Diante da imensidão continua dos anos, que a mente não abarca, fatiamos, para aceitar melhor. Recomeçar tantas vezes não deixa de ser múltiplos renascimentos, vidas novas. Talvez por sermos construídos com dois extremos de tempo. De eternidade e instante.

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Somos feitos com as mesmas substâncias do pó das estrelas, do pó viemos, somos partículas da primeira explosão cósmica. Não temos como suportar. Temos a necessidade de faróis, de estalagens para a pausa. Para marcar o ano, as estações, os meses, dias. Como se o peso de tantos milênios nos sufocasse. E esperar o novo, nova vida, o melhor que está sempre por vir, olhar à frente.

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O TEMPO



Na constituição de nós mesmos existe a outra extremidade, a do instante. Da vertigem dessa minúscula fração de um olhar, de um som, de um pensamento. Algo como uma chama intensa, abrupta, que inflama e desaparece, numa fração quase imperceptível. No entanto, nesse imensurável tempo mínimo a vida acontece e passa despercebida. Não nos damos conta que nesses ínfimos intervalos ocorrem infinitos inícios, renovadores da vida. Uma espécie de Big Bang diário, como se a cada instante um novo caminho fosse apontado, sugerido. Escolha. É mês de dezembro, Natal. Numa avenida da cidade uma criança estende a mão e pede alguma coisa. Você olha. Entre o gesto e o olhar, uma fração de segundo. Atender ou não ao pedido pode mudar seu sentimento, sua conduta naquele dia. Ou a do menino. Escolha.



Ano novo é um grande recomeçar. A repetição da soma dos pequenos e imperceptíveis recomeços, decisões, acertos, erros, correção de rotas, arrependimentos, tristezas, alegrias, ousadias, covardias.

Ano novo é nova vida que viveremos sob os milagres dos infinitos recomeços.


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