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Violência Doméstica

03 jan 2011 às 12:32
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Sou um corpo que deambula ao acaso,
Que vive com medo todo o dia.
Amostra de ser mal amado
Sem conhecer felicidade e alegria.

Uma mulher constantemente criticada
Que chora apenas escondida,
Consciente que não vale nada,
E a imagem totalmente denegrida.

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Escondo os hematomas como sei.
Habituei-me há muito a mentir...
Vivo uma vida como nunca pensei,
Com a maior parte do tempo a fingir.

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Esta mão, assim queimada, e a doer,
É porque sou tão distraída...
Meti-a numa panela a ferver
E fiquei tão arrependida.

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Tapo as nódoas negras com roupa
De Inverno, mesmo no Verão.
Apenas porque sou meia louca
Passo a vida a cair ao chão.


A boca, assim cortada,
Foi apenas porque sorri...
Não sei estar calada...
Apanhei porque mereci.

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Quando parti o braço direito,
Foi porque me maquilhei nesse dia.
Mas afinal, foi bem feito,
Porque parecia uma vadia.


O meu corpo está tão cansado
Não aprendo a me comportar
Para viver bem com meu amado,
Que tudo faz por me amar.

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Farta dos meus erros e maldade
Subo até ao vigésimo andar!
Salto, enfim, para a liberdade,
E já sou feliz... a voar!


Vera Sousa Silva

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Se você é uma mulher que está vivendo uma situação de violência e quer romper com o silêncio, ligue 180 Central de Atendimento à Mulher. De qualquer lugar do Brasil e a qualquer hora, você pode ligar para denunciar a violência ou pedir orientações.


O endereço da Delegacia da Mulher de Londrina/PR é Rua Goiás, 287.
Tel.: (43) 3322-1633


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