O taxista José Carlos Rossi, 70, foi encontrado morto e com sinais de violência em uma área rural de Londrina na tarde desta quarta-feira (23). Ela estava desaparecido desde o início da tarde de terça-feira (22). Rossi trabalhava há cerca de 10 anos como taxista no ponto em frente à Igreja Matriz de Cambé (Região Metropolitana de Londrina). Amigos e colegas de trabalho lamentaram o ocorrido na manhã desta quinta-feira (24) e cobram justiça pela morte do cambeense. A suspeita é de latrocínio (roubo seguido de morte) e quatro pessoas que estariam envolvidas no crime foram presas no interior de São Paulo.
O taxista Zito Gonçalo, 61, era colega de trabalho na última década e a última pessoa a ver Rossi vivo. Ele relata que chegou ao ponto de táxi por volta das 13h15. Poucos minutos depois, Rossi teria estacionado atrás e saído com duas pessoas no veículo. Gonçalo disse que ouviu as pernas batendo e viu o colega saindo junto a dois homens. Os outros dois envolvidos, segundo ele, teriam entrado no carro em outro ponto da cidade.
Os suspeitos do crime seriam figuras conhecidas por quem trabalha no centro e estariam em situação de rua. Na visão do taxista, eles estavam esperando por Rossi. “Ele dava muita moral para esses caras, conversava muito, tinha uns que ele sempre levava”, relata, complementando que já tinha aconselhado o colega a parar com o contato.
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A barra de ferro que, a princípio, foi a arma utilizada na morte do taxista era dele, que carregava no carro como uma forma de proteção. Gonçalo acredita que, após o quarteto anunciar um possível assalto, Rossi possa ter reagido. Além disso, ele também pontua que o colega era muito seguro no que diz respeito a dinheiro, sendo que ele nunca levava notas altas ou cartões. “A vida dele era trabalhar”, conta.
Ele garante que ainda não consegue assimilar tudo o que aconteceu e que o sentimento é de medo e de injustiça. “Você não tem segurança e ninguém faz nada. Eles intimidam as pessoas no calçadão”, opina, criticando o funcionamento das câmeras de fiscalização da cidade na identificação dos suspeitos. “É uma perda grande e uma pena. Ontem e hoje está difícil aqui”, comenta, emocionado.
'Mataram um inocente'
O aposentado Luís Marques, 66, conta que conhece Rossi há mais de 30 anos e que todos os dias eles se reuniam para conversar em frente ao ponto de táxi, que era um local de encontro para muitos. “A gente fica muito sentido porque é amigo da gente, estou quase todo dia aqui”, afirma. Apesar de ter ficado surpreso com o crime e com a brutalidade, ele garante que a criminalidade vem crescendo na cidade. “Eles pegam e matam um inocente que estava trabalhando”, lamenta, com os olhos marejados.
O velório de José Carlos Rossi começou às 12h desta quinta-feira e o sepultamento está marcado para as 17h, ambos no Cemitério Municipal de Cambé.
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