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Movimento sindical

Após impeachment, petroleiros decidem se vão aderir à greve proposta pela CUT

Agência Estado
18 abr 2016 às 13:40

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- Divulgação
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Os petroleiros estudam entrar em greve geral em reação à vitória do impeachment no Congresso neste domingo (17). As lideranças da Federação Única dos Petroleiros (FUP), que passaram a semana passada em Brasília, estão a caminho do Rio de Janeiro para participar de reunião na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT) para tratar dos próximos passos do movimento sindical.

Já o analista de mercado Flávio Conde, da WhatsCall, vê na saída de Dilma Rousseff da presidência da República uma oportunidade para a capitalização da Petrobras em um possível governo PMDB. Para Edmar Almeida, professor da UFRJ, pouco vai mudar na empresa e na política de preços dos combustíveis.

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A FUP participou ativamente das manifestações contrárias ao impeachment, e durante toda a semana passada, nas vésperas da votação na Câmara, concentrou suas reuniões no Distrito Federal para acompanhar de perto as manifestações. Aprovado o impeachment, será construída uma nova estratégia de atuação, com foco no Senado.

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Na página da federação no Facebook, os petroleiros são convocados para uma grande greve geral. Já o Sindipetro - Norte Fluminense, responsável pela cobertura da principal área produtora de petróleo, publicou nesta segunda-feira, 18, texto com o título "CUT sinaliza greve geral para frear o golpe".

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No Ministério de Minas e Energia, o corpo técnico do segmento petroleiro trabalha hoje com "sentimento de incerteza", segundo fonte. Até que votação chegue ao Senado, nada vai mudar no dia a dia do ministério, que continuará trabalhando no mesmo ritmo para prosseguir com o pacote de medidas de incentivo ao investimento por petroleiras, disse ele. O governo tenta flexibilizar as regras para facilitar para as companhias, com mudanças nas regras de conteúdo local e de exploração.


Almeida, da UFRJ, não prevê alteração na condução da Petrobras, ainda que o PMDB assuma a presidência da República. Ele avalia que a empresa já está sendo conduzida com foco mais liberal, de olho na melhoria das finanças e que pouco há a fazer. "A política atual é de recuperação das perdas do passado. O PMDB iria no mesmo sentido. Todos sabem que se a Petrobras entra em crise, arrasta o Brasil inteiro", afirmou.

Na opinião do analista de mercado Flávio Conde, a capitalização da Petrobras é inevitável para solucionar o alto endividamento da companhia. "Aconteceria no primeiro semestre de 2017", acredita ele. Conde e Almeida apostam numa mudança na diretoria da empresa se Dilma for retirada do cargo.


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