A transferência para São Paulo do estudante Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, de 24 anos, suspeito de matar o cartunista Glauco Vilas Boas e seu filho Raoni na última sexta-feira, 12, depende de uma autorização judicial, segundo informações da Polícia Federal de Foz do Iguaçu, no Paraná, onde o jovem está detido.
De acordo com a PF, o rapaz foi detido por volta das 23 horas de ontem, quando tentava ir para o Paraguai, após passar três dias planejando a fuga e roubar um veículo no começo da manhã de ontem.
Após ser abordado por policiais rodoviários federais, Carlos Eduardo iniciou um tiroteio, deixando ferido um policial federal no braço. De acordo com a PF, o policial passa bem e será operado no fim da manhã desta segunda.
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O suspeito está detido sozinho em uma sala da sede da Polícia Federal em Foz do Iguaçu. De acordo com a PF, por volta das 11h15, o suspeito foi levado para o Instituto Médico legal (IML) da cidade para a realização de exame de corpo de delito.
DETALHES
Em entrevista concedida ontem ao Fantástico, da Rede Globo, a viúva do cartunista, Beatriz Galvão, afirmou que presenciou o crime, e disse não ter ideia do que pode ter motivado os assassinatos. Segundo ela, Glauco não tinha inimigos e era bem relacionado com todos.
A viúva contou ainda que o suspeito estava muito agressivo, bastante transtornado. Beatriz disse que chegou a implorar para que ele não matasse o marido. "Ele queria que o Glauco afirmasse que ele [Carlos Eduardo] era o poderoso. Aí eu mesma afirmei que ele era Jesus. Eu falei: ‘não, pra mim você é Jesus’. O Glauco em nenhum momento afirmou."