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Família cobra justiça

Ato em homenagem a ambulante morto termina em confusão no metrô

Agência Estado
30 dez 2016 às 17:59

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Um ato em memória do ambulante Luiz Carlos Ruas, morto no domingo, 25, terminou em confusão na Estação Pedro 2º, da Linha 3-Vermelha do Metrô, na tarde desta sexta-feira, 30. Grades de proteção que controlavam o fluxo no local foram derrubadas e a segurança da companhia teve de ser acionada e intervir para encerrar o protesto.

Familiares e amigos de Ruas convocaram o protesto para cobrar a condenação dos primos Alípio Rogério dos Santos, de 26 anos, e Ricardo do Nascimento, de 21, ambos presos nesta semana. Com cartazes, eles lamentaram a crueldade da agressão que matou o ambulante; câmeras de vigilância do metrô mostraram a vítima sendo alvo de chutes no interior da estação após tentar proteger uma travesti.

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A estrutura de segurança do metrô também foi alvo de críticas, já que teria demorado a prestar socorro e intervir na briga que matou Ruas. A manifestação contou com a presença do padre Júlio Lancelotti, da Pastoral Povo da Rua, que participou das homenagens ao ambulante, além do vereador eleito Eduardo Suplicy (PT), ex-secretário de Direitos Humanos da gestão Fernando Haddad (PT). Familiares chegaram a colar uma faixa com o nome de Ruas sobre a identificação da estação, numa cobrança para que o local seja renomeado em homenagem à vítima.

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Não havia relato de feridos em razão da confusão nas imediações das catracas da estação. O jornal "O Estado de S. Paulo" tentou contato com representantes do Metrô para comentar o ato, a briga e as cobranças por melhorias na segurança do local, mas não houve retorno aos contatos até a publicação desta reportagem.


Transferência

Os suspeitos de ter cometido o crime, os primos Santos e Nascimento, foram transferidos ontem da carceragem do 77º DP (Santa Cecília) para a penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo. A Justiça decretou a prisão temporária por 30 dias da dupla; o prazo pode ser prorrogado e a Polícia Civil já informou que pedirá a prisão preventiva dos jovens. Os investigadores disseram que 14 testemunhas confirmaram o envolvimento dos primos no ataque a Ruas.


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