O prefeito de Pedra Preta (RN), Luiz Bandeira, decretou nesta sexta-feira, 1, estado de calamidade pública na cidade, que em uma semana registrou mais de 240 abalos sísmicos. O maior tremor aconteceu na noite de quinta-feira, 31, com 3,5 graus de magnitude. A população de pouco mais de 2 mil habitantes está fora de suas casas e a orientação é as famílias se transferirem para residências de parentes em cidades vizinhas. Casas tiveram as paredes rachadas e a população teme por danos humanos. A situação na pequena cidade a 115 quilômetros de Natal é de temor.
Pedra Preta tem atividade sísmica há três anos. Os abalos com mais intensidade acontecem há uma semana. Pedra Preta está montada numa falha geológica e a terra neste momento faz uma adaptação do subsolo. A maioria dos últimos tremores é abaixo de 2 graus, mas os de 3 graus causam grande preocupação nas autoridades e moradores. Pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) alertam para que, em face da atual situação, "é aconselhável as pessoas de Pedra Preta ficarem fora de suas residências, pois a ocorrência de um tremor de maior magnitude não está descartada".
"Solicitamos para que possamos abrigar a população que mora em residências com estrutura precária, que não oferecem segurança para o período de tremores", disse o prefeito. Bandeira monitora a situação por meio de relatos das pesquisas do Laboratório Sismológico do Nordeste. "Além disso, estamos avaliando os riscos para que saibamos se mantemos as aulas nas duas escolas municipais, mesmo elas sendo de boas estruturas."
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Os pais dos alunos não deixaram os filhos irem as escolas nesta sexta-feira, 1. "O alerta está dado. Estamos em alerta permanente levando sempre em conta que, no caso de ocorrência de um tremor, deve tentar se proteger, principalmente da queda de objetos como telhas, por exemplo", disse o pesquisador Joaquim Ferreira, que estuda há mais de 15 anos os tremores no Nordeste brasileiro. No Nordeste, em outubro, foram registrados abalos menores de 3 graus também no Ceará e Sergipe.