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Caso Mércia Nakashima

Defesa de Mizael classifica julgamento de 'erro'

Agência Estado
14 mar 2013 às 21:43

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O juiz Leandro Bittencourt Cano comentou as críticas feitas nesta quinta-feira por pessoas fora do Fórum de Guarulhos (SP) sobre a pena de Mizael Bispo dos Santos. "A maior crítica da população nem é em relação a pena, o problema é o efetivo cumprimento da pena", disse, defendendo que antes de alguém ser liberado para o regime semiaberto ou solto, ele deveria passar por exames que comprovem que está apto a ser reintegrado a sociedade.

O ex-policial militar foi condenado a 20 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato da ex-namorada, a advogada Mércia Nakashima, em maio de 2010. Cano elogiou a conduta dos jurados e disse que a transmissão do julgamento é uma forma de demonstrar a transparência do Judiciário. Ele também disse que saiu deste julgamento com a sensação de dever cumprido.

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Já o advogado Samir Haddad Júnior, um dos três defensores de Mizael, classificou o julgamento do seu cliente como "um dos maiores erros judiciários do País". "Já apelamos, (a apelação) vai para o Tribunal de Justiça. Vamos recorrer, sem dúvida".

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O advogado disse que, caso os desembargadores do Tribunal de Justiça não acatem seu recurso, irá recorrer nas instâncias superiores, em Brasília. "Vamos pedir a redução da pena." O réu deverá ficar no Presídio Romão Gomes, onde já estava detido, até que todos os recursos da defesa sejam julgados.

"Achei a condenação errada porque é réu primário.", continuou o advogado, que, durante os últimos quatro dias, tentou convencer os jurados de que seu cliente é inocente. Após votarem os quesitos propostos pelo juiz, os jurados disseram que concordariam em ter sua imagem divulgada pela transmissão ao vivo. "Acho que não foi negativo (o fato de o júri ser transmitido), mas os jurados entraram nessa pilha de querer aparecer."


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