Na madrugada desta segunda-feira (21), o eclipse com "Lua de Sangue" será visível em todo o Brasil, além das Américas e Noroeste europeu e africano. A previsão é de que o fenômeno tenha duração de 3h17, com início às 01h33, conforme o coordenador do Gedal (Grupo de Estudo e Divulgação de Astronomia de Londrina), Miguel Fernandes Moreno. "O eclipse será totalmente visível para nós. Se o tempo estiver bom, será um belíssimo espetáculo", afirma. Moreno acrescenta que, em virtude do horário do acontecimento do fenômeno, o Gedal não programou nenhum tipo de observação pública em Londrina. No entanto, para observar o espetáculo não é necessário nenhum aparelho especial.
"A fase parcial se iniciará às 01h33 de domingo para segunda. A fase total começará às 02h41, com início máximo às 03h12. E às 03h43, a Lua começará a sair da fase total, com previsão para terminar por volta das 4h50", apresenta.
Apesar de não ter nenhum tipo de observação pública, o espetáculo vale a pena ser observado, pois segundo o coordenador, o eclipse total da Lua desta segunda-feira será o último visível na Terra até abril de 2022. O próximo está previsto para 16 de maio de 2022. "Em 2021, teremos um parcial. E ainda neste ano, em 16 de julho, teremos outro parcial também, mas passará em branco para nós porque veremos muito pouco. Será praticamente imperceptível", informa.
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Momento de turbulências e imprevistos
No eclipse lunar desta segunda-feira, conforme o vídeo publicado no YouTube pela astróloga, taróloga, terapeuta sistêmica, jornalista e escritora Titi Vidal, o momento é de turbulências, imprevistos e mudanças nos planos. "Três dias antes e três dias depois do eclipse da Lua a gente também evita começar coisas novas, fazer coisas muito importantes e tomar decisões, porque as coisas podem mudar e falta ainda clareza pra gente entender exatamente tudo que faz parte da situação. Isso significa que o mês inteiro de janeiro traz essa intensidade toda de mudanças e energias diferentes", explica no vídeo.
Assista:
Lua de Sangue
Sobre a denominação "Lua de Sangue", o coordenador do Gedal explica que deram esse nome porque durante a fase da totalidade do eclipse lunar, ela fica com uma coloração avermelhada. "Teoricamente, durante a fase total do eclipse, a Lua deveria 'desaparecer' do céu, porque a Terra estaria bloqueando todos os raios solares que iriam em direção a nosso satélite. Porém, a atmosfera terrestre acaba 'desviando' uma parcela dos raios solares que passam bem ' rasantes' na atmosfera. E quanto maior o comprimento de onda da luz, maior é esse desvio. Assim, a Lua acaba recebendo a luz avermelhada", ressalta.
Conforme Fernandes, de acordo com a composição atmosférica no instante e local nos quais os raios solares cruzam a nossa atmosfera, a Lua fica com um aspecto diferente, podendo ficar em determinados eclipses com um tom mais avermelhado, acobreado, entre outros", diz. "A 'Lua de Sangue' identifica a fase total do eclipse lunar", reforça. "Os eclipses da Lua sempre e somente ocorrem na Lua Cheia", acrescenta.
Superlua
Você também já deve ter ouvido falar no termo "superlua". De acordo com o coordenador do Gedal, a "superlua" ocorre quando a Lua Cheia coincide com o "perigeu" da Lua. "Ou seja, o momento em que ela está mais próxima da Terra", afirma. "A órbita da Lua ao redor da Terra (assim como dos planetas ao redor do Sol) é elíptica, de modo que em determinados momentos a Lua fica mais perto da Terra, que é o 'peri-geo' e, em outros, fica mais distante da Terra, que é o 'apo-geo'. Então, se a Lua Cheia coincide com o perigeu, temos uma 'superlua'. Mas é um nome que não gostamos de usar porque passa a impressão de que a Lua vai ficar bem grandona no céu. No entanto, a aparência só é perceptível a alguém experiente. Os poetas e observadores esporádicos não notarão qualquer diferença", ressalta.
Sobre o eclipse da madrugada desta segunda-feira (21), Fernandes adianta que não se trata de uma "superlua". "Será um eclipse total 'normal'. Não será nem de perigeu, e nem uma segunda Lua Cheia do mês, que é conhecida como 'Lua Azul'." Para exemplificar o termo, o coordenador lembra que em janeiro de 2018 houve uma combinação de tudo isso. "Esse eclipse ocorreu na segunda Lua Cheia do mês, ou seja, uma "Lua Azul". E também foi uma Lua Cheia de perigeu, que é a conhecida "superlua". Com isso, brotaram denominações estapafúrdicas como 'Superlua de Sangue Azul'."