A Polícia Civil do Rio abriu um inquérito para apurar casos de famílias expulsas por traficantes de drogas de apartamentos o Conjunto Residencial Haroldo de Andrade, do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), em Barros Filho, bairro do subúrbio carioca. O jornal Extra revelou neste sábado que móveis e eletrodomésticos financiados com dinheiro público, no programa Minha Casa Melhor, estão sendo usados por traficantes que invadiram os apartamentos.
Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, há um inquérito na 40ª Delegacia de Polícia (DP) para apurar a ação do tráfico na região. "Mais informações não podem ser divulgadas para não atrapalhar o andamento das investigações", informou a Polícia Civil, em nota.
De acordo com o Extra, três famílias procuraram a delegacia após serem expulsas. Elas teriam sido obrigadas pelos bandidos a deixar seus apartamentos porque vieram de bairros da zona oeste do Rio onde atuam milícias, que são rivais dos traficantes da região de Barros Filho.
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"Três homens armados bateram à minha porta de noite e disseram que eu tinha até a manhã do dia seguinte para sair dali só com meus filhos. Caminhões de mudança não entram lá", disse uma das moradoras expulsas ao Extra.
Segundo o jornal, a moradora, de 53 anos, paga à Caixa mensalmente R$ 118,00 pelo financiamento do imóvel no Minha Casa Minha Vida. Além disso, a mulher expulsa usou o programa Minha Casa Melhor para comprar uma geladeira dúplex, uma televisão e um sofá, conforme relatou ao Extra.