O encerramento do inquérito-mãe da Lava Jato tem caráter simbólico, mas acontece em um momento em que policiais e procuradores da força-tarefa do Ministério Público Federal acusam um "desmonte" da equipe que iniciou as investigações, em Curitiba.
Na quinta-feira (6), a PF comunicou oficialmente que o grupo de trabalho da Lava Jato passou a integrar a Delegacia de Combate à Corrupção e Desvio de Verbas Públicas (Delecor). Na prática, os quatro delegados que restaram na equipe - que já teve nove - deixaram de trabalhar exclusivamente no caso Petrobras.
"Conforme se observa em fls. 138/165, o procedimento já se encontra relatado e com as respectivas ações penais concluídas em primeira instância", explica o delegado Igor Romário de Paula, no despacho. "Os autos têm sido mantidos em andamento no âmbito policial para atendimento à demandas secundárias, como por exemplo, a definição de incidentes de restituição de bens apreendidos."
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Segundo o delegado, que coordenava os policiais da Lava Jato e decidiu pelo fim do grupo de trabalho, na quinta-feira (6), "no que se refere às providências de investigação a cargo da Polícia Federal, não existem mais demandas a serem solucionadas nestes autos".
"Nesse sentido e por considerar desnecessária a tramitação física destes autos, uma vez confirmado o carregamento integral de todos os documentos até então juntados ao procedimento físico, encaminhe-se os autos para o arquivamento no âmbito da Polícia Federal."