O presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), desembargador André Fontes, determinou, ontem (7), o reforço na segurança do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. Este foi o primeiro ato assinado Fontes, que tomou posse na última quinta-feira (6). A decisão atende a um pedido do magistrado que está à frente da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro.
Na segunda-feira (10), Fontes se reunirá, às 17h30, com o juiz Marcelo Bretas. Ele quer manifestar o apoio institucional da segunda instância ao trabalho feito pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. As operações Saqueador, Calicute e Eficiência, fases da Lava Jato, estão sob a responsabilidade de Bretas.
Na Operação Saqueador, que investiga esquema de desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro no valor de R$ 370 milhões, os principais envolvidos são o dono da empresa Delta, Fernando Cavendish, e o contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira, por participação em esquema do desvio de dinheiro de obras feitas pela Delta Construtora.
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Na Operação Calicute, deflagrada no dia 17 de novembro, 16 pessoas foram indiciadas por crimes que incluem corrupção passiva e ativa de organização criminosa e lavagem de dinheiro na gestão do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral. As investigações apuraram que R$ 220 milhões foram pagos em propinas por grandes empreiteiras para garantir obras públicas.
A ex-primeira-dama do estado Adriana Ancelmo, também envolvida na Operação Calicute por recebimento de propinas, chegou a ficar presa na Cadeia Pública Joaquim Ferreira de Souza, ala feminina da unidade Bangu 8 do Complexo penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio, mas agora cumpre prisão domiciliar no apartamento da família, no Leblon, zona sul do Rio. O ex-governador Sérgio Cabral permanece preso na Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, ala masculina de Bangu 8.
Na Operação Eficiência, um desdobramento da Operação Calicute, segundo o Ministério Público Federal (MPF), o empresário Eike Batista, dono do grupo EBX, pagou US$ 16,5 milhões ao ex-governador Cabral. Eike está preso desde o dia 30 de janeiro na Penitenciária Bandeira Stampa, a unidade Bangu 9, também no Complexo Penitenciário de Gericinó.