Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Operação Vernissage

Lava Jato apura lavagem de propina em obras de arte; filho de Lobão é alvo

Folhapress
12 jan 2021 às 10:40
- Reprodução/Polícia Federal
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

A PF (Polícia Federal) deflagrou nesta terça-feira (12) a 79ª Fase da Operação Lava Jato. Ela foi chamada de Operação Vernissage, palavra que se refere a eventos culturais de artistas, porque a suspeita é que obras de arte eram utilizadas para lavagem de dinheiro obtido via propina de acordos da Petrobras.


Altos executivos da empresa e da Transpetro estão entre os investigados, e obras de arte foram apreendidas na casa de Marcio Lobão, filho do ex-governador do Maranhão Edison Lobão (MDB), no Rio de Janeiro. A defesa dele ainda não foi localizada pela reportagem.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


A PF, em cooperação com o MPF (Ministério Público Federal) e a Receita Federal, cumpriu mandados em cinco cidades de três estados diferentes mais o Distrito Federal: Brasília (2), São Luís (3), Angra dos Reis-RJ (1), Rio de Janeiro (3) e São Paulo (2).

Leia mais:

Imagem de destaque
Diz ministra

Aprovados no Concurso Nacional Unificado terão curso de formação

Imagem de destaque
Após postagens de Elon Musk

Liberdade de expressão não é liberdade de agressão, afirma Alexandre de Moraes

Imagem de destaque
Entenda

Justiça nega pedido de exumação e traslado do corpo de Gal Costa; advogadas do filho vão recorrer

Imagem de destaque
1.256 mortes pela doença

Brasil tem mais de 3 milhões de casos de dengue desde janeiro de 2024


Os mandados judiciais foram expedidos pela 13ª Vara Federal em Curitiba/PR. Cerca de 70 policiais federais e dez auditores da Receita Federal participaram da operação.

Publicidade


Diretores da Petrobras e da Transpetro estão entre os principais suspeitos. Eles fariam parte de uma organização criminosa voltada a fraudar licitações mediante o pagamento de propina.


Suspeita-se que os contratos celebrados pela Transpetro com algumas empresas teriam gerado, entre os anos de 2008 e 2014, o pagamento de mais de R$ 12 milhões em propinas a este grupo criminoso.

Publicidade


Após o recebimento desses valores, muitas vezes pagos em espécie, eram realizadas, segundo o MPF, várias operações de lavagem de capitais para ocultar e dissimular sua origem ilícita, especialmente através da aquisição de obras de arte e transações imobiliárias.


Um exemplo teria ocorrido em 2007, na compra de um apartamento de alto padrão por R$ 1 milhão. Esse valor foi pago em espécie por intermédio de empresa dos investigados e vendido por R$ 3 milhões, em menos de dois anos, valorização não correspondente às condições do mercado imobiliário da época.

Publicidade


No caso das obras de arte, segundo a PF, tais operações consistiam na aquisição de peças de valor expressivo com a realização de pagamento de quantias "por fora", de modo que não ficassem registrados os reais valores das obras negociadas.


Neste caso, tanto o comprador, quanto o vendedor emitiam notas fiscais e recibos, mas declaravam à Receita Federal valores flagrantemente menores do que aqueles efetivamente praticados nas transações. Entre valores declarados ao Fisco e os de mercado, praticados nos leilões em Galeria de Arte, verificaram-se diferenças de 167% a 529%.

Em operação anterior, na residência do investigado, foram encontradas obras de arte que apresentavam variações significativas entre o preço de aquisição declarado e o valor de mercado, em patamares de até 1.300%.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade