Manifestações em todo o país com o objetivo de defender o mandato da presidente Dilma Rousseff, em relação à abertura do processo de impeachment, começaram no fim da tarde desta sexta-feira (18). A partir das 17h, manifestantes começaram a se reunir para o protesto marcado às 18h.
Em Curitiba, a manifestação composta por membros de centrais sindicais, estudantes e movimentos sociais ocorre na Praça Santos Andrade, na região central da cidade, com organização da Central Única dos Trabalhadores (CUT-PR).
De acordo com os organizadores, até as 19h30, havia cerca de dez mil pessoas. No entanto, a Polícia Militar (PM) ainda não divulgou uma estimativa oficial.
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Para o presidente da APP-Sindicato, o professor Hermes Leão, é importante que a classe trabalhadora entenda que a democracia precisa ser aperfeiçoada, e não sofrer retrocessos. "Que todas as denúncias sejam apuradas, mas no âmbito do Estado Democrático de Direito", afirmou.
"Inegavelmente as políticas públicas para a população LGBT (de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) começam a ser criadas e efetivadas no primeiro mandato do Lula. Essa tentativa de golpe não é só um ataque a ele e à Dilma. É um ataque a todos os movimentos da sociedade que vieram a dar visibilidade a essa população", disse o coordenador da organização Dom da Terra Afro LGBT.
Pouco antes das 19h30, os manifestantes cantaram o hino nacional. E, em cima do caminhão de som, o deputado estadual Tadeu Veneri (PT) também disse que essa não é uma caminhada pela Dilma, pelo Lula ou pelo PT, muito menos contrária às pessoas que estiveram nas ruas no domingo. "É muito mais uma reafirmação de que precisamos respeitar a Constituição Federal e os direitos individuais".
Deputados federais Enio Verri e Zeca Dirceu, senadora Gleisi Hoffmann e deputados estaduais Tadeu Veneri e Péricles de Mello também participam do ato.
Manifestantes defendem Dilma em CuritibaManifestantes defendem Dilma em Curitiba no início da noite desta sexta-feira (18), na Praça Santos Andrade. Vídeo: Mariana Franco Ramos/Grupo FolhaSaiba mais: www.bonde.com.br/?id_bonde=1-3--631-20160318
PublicidadePublicado por Portal Bonde em Sexta, 18 de março de 2016
Segundo informações apuradas pela reportagem, por volta das 20h30, a passeata passou por um prédio, no qual pessoas xingaram da janela. Em seguida, manifestantes gritaram: "olha que piada, bate panela, mas quem lava é a empregada" e "1, 2, 3, Moro no xadrez". No entanto, não houve confronto no local.
Neste momento, a Polícia Militar (PM) estimou a quantidade de cinco mil pessoas. Os organizadores do protesto falam em 18 mil.
São Paulo
Em São Paulo, de acordo com informações divulgadas pela Agência Brasil, às 17h30, os participantes, predominantemente vestidos de blusas vermelhas, ocupavam desde a Rua da Consolação até a Avenida Brigadeiro Luís Antônio, em um total de 11 quarteirões.
Várias lideranças discursam, do alto de carros de som, ao lado do Museu de Arte de São Paulo (Masp). A palavra de ordem mais gritada na manifestação, convocada pela Frente Brasil Popular, é "não vai ter golpe", repetida por locutores que falam ao microfone nos intervalos do show do cantor Chico César, que anima os presentes. A organização confirmou a presença do ministro da Casa Civil, Luiz Inácio Lula da Silva no final do ato, por volta das 19h30.
Brasília
Em Brasília, no Museu da República, no início da Esplanada dos Ministérios, o ato é organizado pela Frente Brasil Popular, e os manifestantes levam cartazes com frases de apoio à Dilma e ao ex-presidente – e agora ministro da Casa Civil – Luiz Inácio Lula da Silva e contra o que chamam de "golpe".
A estimativa da Polícia Militar, às 17h15, era 500 pessoas. Às 17h50, no entanto, um grande grupo de militantes ligados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra chegou ao museu.
Rio de Janeiro
Manifestação organizada pela Frente Brasil Popular e movimentos sociais e entidades, como a CUT e a UNE, reúne neste momento manifestantes na Praça XV, no centro do Rio, que carregam faixas e bandeiras com mensagens de diversos setores da sociedade.
Muitas defendem a permanência da presidenta Dilma Rousseff e apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Ministro Lula estamos com você". Outras pedem ainda a saída da presidência da Câmara, o deputado Eduardo Cunha. # Fora Cunha # Fica Dilma.
Salvador
Terminou por volta das 19h30 a "passeata pela democracia" em Salvador. O ato começou no início da tarde de hoje (18), no Campo Grande, área central da cidade, e seguiu até a Praça Castro Alves.
Segundo a Polícia Militar, que acompanhou o movimento, cerca de 70 mil pessoas participaram da manifestação contrária ao impeachment e ao juiz Sérgio Moro e "a favor da democracia".
Fortaleza
Organizada pela Frente Brasil Popular, a manifestação contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff começou à tarde e percorreu as ruas do centro da capital cearense até chegar à Praça do Ferreira no começo da noite desta sexta-feira (18). Conhecida como o "coração da cidade" e por outros como a "cara da cidade", a praça também fica na área central de Fortaleza.
O ato reuniu representantes dos diversos grupos que fazem parte da frente, como sindicatos e entidades da sociedade civil, mas atraiu também profissionais de outros setores, como jornalistas e advogados e cidadãos sem vínculos com entidades.
Porto Alegre
No Centro Histórico de Porto Alegre, desde às 17h, os manifestantes ocuparam várias quadras próximas ao cruzamento entre a Avenida Borges de Medeiros e a Rua dos Andradas, popularmente conhecida por Esquina Democrática.
De acordo com estimativa da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, 10 mil pessoas participaram da manifestação.
Entre um e outro discurso de lideranças partidárias e de movimentos sociais, a multidão gritava "Não vai ter golpe, vai ter luta". A maioria dos participantes vestia roupas vermelhas e muitos carregavam bandeiras do Brasil, de partidos políticos (PT e PCdoB) e de movimentos sociais, entre eles o MST e a CUT. (Com informações da repórter Mariana Franco Ramos do Grupo Folha e da Agência Brasil).
Matéria atualizada às 21h10.