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Adolescente

Marcelo ameaçou a mãe antes do crime, diz testemunha

Agência Estado
29 ago 2013 às 20:13

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Um amigo íntimo do pai de Marcelo Pesseghini, o adolescente de 13 anos suspeito de matar os pais, a avó, a tia-avó e depois se suicidar, contou a polícia que o garoto teria ameaçado a mãe. O depoimento foi prestado por um policial da Rota, que trabalha com o sargento Luiz Marcelo Pesseghini.

Segundo esse policial, com o qual o sargento fazia confidências, semanas antes do crime o pai do garoto recebeu um telefonema e ficou preocupado. Na ocasião, ele teria dito ao amigo que sua mulher, a cabo Andreia Bovo Pesseghini, foi ameaçada pelo filho.

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O depoimento do amigo do sargento é mais uma dos relatos que a polícia reúne para tentar compreender o comportamento de Marcelo. Nesta sexta-feira, 30, o psiquiatra forense Guido Palomba deverá se reunir com o delegado do caso, Itagiba Franco, para analisar o inquérito e traçar um perfil da personalidade do garoto. Já houve relatos de que Marcelo mudou de comportamento meses antes do crime e que passou a fazer brincadeiras com armas de fogo em casa, como simular que atiraria em alguém.

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Os promotores Vinicius França e André Bogado, da 2ª Vara do Júri da Capital, estiveram nesta quinta-feira, 29, no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa. Segundo eles, a posição do Ministério Público é de cautela. De acordo com Bogado, dois tios de Marcelo, irmãos da cabo Andreia, estiveram na Promotoria e afirmaram que não acreditam que o garoto fosse o culpado. Eles teriam pedido novas investigações.


A polícia já ouviu 48 pessoas. Ainda estão previstas mais duas testemunhas, uma delas uma policial que trabalhava com Andreia. Na quarta, dois colegas de Marcelo depuseram novamente e confirmaram algumas informações de outros alunos da escola do adolescente. As duas testemunhas teriam omitido informações, segundo um email interceptado pela polícia. No novo depoimento, elas voltaram atrás e disseram que Marcelo contou a elas que matou a família, quando chegou à escola na data do crime. Segundo o inquérito, Marcelo tinha um grupo de amigos que jogavam o videogame Assassin''s Creed, chamado de Os Mercenários.

O crime aconteceu entre a noite do dia 5 e a madrugada do dia 6, na residência da família, na Vila Brasilândia, zona norte de São Paulo. Para encerrar o inquérito, a polícia ainda aguarda a finalização dos laudos do Instituto de Criminalística (IC) e Instituto Médico Legal (IML).


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