A paraplegia do bebê Arthur, atingido por um tiro no útero da mãe no final da tarde da última sexta-feira (30), próximo à Favela do Lixão, em Duque de Caxias, pode ser reversível. Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (3), o neurocirurgião Eduardo França, que é diretor do Hospital Municipal Moacyr do Carmo, disse que o bebê está em estado grave e que no momento está paraplégico. No entanto, segundo o médico, o quadro pode se reverter, já que a recuperação de recém-nascidos é mais rápida do que a de adultos.
A mãe, Claudinéia dos Santos Melo, continua internada no Hospital Moacyr do Carmo, onde foi realizado o parto. Já Arthur está no Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, uma vez que o Moacyr do Carmo não tem UTI neonatal. O tiro atingiu os dois pulmões do bebê, além de provocar lesão na coluna vertebral e na orelha esquerda. O neurocirurgião informou que os pulmões de Arthur foram drenados, que ele respira por aparelhos e está sendo alimentado por sonda.
Sobre a mãe, o médico informou que ela respira sem aparelhos e se alimenta por via oral. Ela tem uma fratura no osso da bacia e será submetida a tratamento sem necessidade de cirurgia.
Leia mais:
Brasil registra mais de 11 mil partos resultantes de violência sexual, diz pesquisa
Justiça do Trabalho em SP multa iFood em R$ 10 milhões e exige registro de entregadores
Com sorteio nesta quinta, Mega-Sena tem prêmio estimado em R$ 3,5 milhões
Trabalho de casa e filhos afastam jovens negras do emprego e do estudo
A Polícia Civil já ouviu os três policiais militares que estavam em uma operação na entrada da favela quando Claudinéia foi atingida. Eles disseram ter sido atacados por criminosos e que não revidaram à ação. Claudinéia foi baleada quando saía de uma farmácia, onde havia comprado fraldas para o bebê.