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Dados do IBGE

No Brasil, uma em cada dez famílias enfrenta insegurança alimentar

Vitor Abdala - Agência Brasil
25 abr 2024 às 10:25
- Marcelo Camargo/Agência Brasil
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A insegurança alimentar moderada ou grave afetava  7,4 milhões de famílias brasileiras (ou 9,4% do total) no último trimestre de 2023. Os dados são da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (25).


Conforme o IBGE, os mais de 7 milhões de lares que enfrentam a redução na quantidade de alimentos consumidos ou a ruptura em seus padrões de alimentação têm 20,6 milhões de pessoas.

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A metodologia da pesquisa envolve questionário sobre a situação alimentar do domicílio nos 90 dias que antecederam a entrevista. “A gente não fala de pessoas [individualmente], a gente fala de pessoas que vivem em domicílios que têm um grau de segurança ou insegurança alimentar”, comenta o pesquisador do IBGE Andre Martins.

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O lar é, então, classificado em quatro níveis, seguindo a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar. O grau segurança alimentar aponta que aquela família tem acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente.

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Segundo o IBGE, 56,7 milhões de famílias brasileiras (que reúnem 152 milhões de pessoas) estão nessa situação.


O grau insegurança alimentar leve atinge 14,3 milhões de famílias (43,6 milhões de pessoas) e significa que há preocupação ou incerteza em relação aos alimentos no futuro, além de consumo de comida com qualidade inadequada de forma a não comprometer a quantidade de alimentos.

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Já a insegurança alimentar moderada afeta 4,2 milhões de famílias (11,9 milhões de pessoas) e mostra redução quantitativa de alimentos entre os adultos e/ou ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos entre os adultos.


Por fim, a situação mais severa é a insegurança alimentar grave, que é uma redução quantitativa de comida e ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos entre todos os moradores, incluindo as crianças. São 3,2 milhões de famílias, ou 8,7 milhões de pessoas, nesse cenário.

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Orçamentos familiares


Em comparação com o último levantamento sobre segurança alimentar, a POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares) em 2017 e 2018, entretanto, houve melhora na situação.

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O percentual de domicílios em situação de segurança alimentar foi de 63,3% em 2017/2018 para 72,4% em 2023. Já os que apresentavam insegurança alimentar moderada ou grave diminuíram de 12,7% para 9,4%. A insegurança alimentar leve também caiu, de 24% para 18,2%.


“A gente teve todo um investimento em programas sociais, em programas de alimentação, principalmente esses programas de [transferência de] renda. Isso reflete diretamente na escala de insegurança alimentar, que responde bem a esse tipo de intervenção”, pontua Martins. “A recuperação da renda, do trabalho também se reflete na segurança alimentar”.

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Outro indicador que traz melhora da situação é a redução dos preços dos alimentos. Em 2023, por exemplo, os produtos alimentícios para consumo em domicílio tiveram queda de preços de 0,52%.


O pesquisador do IBGE Leonardo de Oliveira frisa, porém, que não é possível atribuir apenas ao ano de 2023 o avanço ocorrido, uma vez que se passaram cinco anos entre a POF 2017/2018 e a Pnad Contínua do quarto trimestre de 2023. E não houve pesquisa do IBGE sobre segurança alimentar entre essas duas.


“É importante ter em mente que esse movimento não são melhorias de um único ano. O resultado aqui é consequência de todos os movimentos da renda e movimentos de preço que aconteceram entre esses dois períodos”, destaca. “Esse resultado não é apenas do que aconteceu no último ano, embora coisas que tenham acontecido nesse último ano são importantes”.


Mas a situação de segurança alimentar ainda está inferior àquela observada no ano de 2013, quando o assunto foi abordado pela Pnad. Naquela época, a segurança alimentar era garantida a 77,4% dos lares, a insegurança alimentar leve atingia 14,8% dos domicílios, a insegurança moderada, 4,6% e a insegurança grave, 3,2%.


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