A Polícia Federal desarticulou nesta quinta-feira (7) um grupo de extermínio formado por policiais, que atuava no interior de Rondônia. A Operação Mors cumpre 49 medidas entre mandados de prisão e de busca e apreensão. Cerca de 250 policiais participam das ações em Rondônia e Mato Grosso.
O grupo – formado por policiais, agentes penitenciários e um jornalista – está envolvido em diversos crimes de extermínio, lavagem de dinheiro, abusos de autoridade, ameaças, fraude processual, comércio ilegal de armas de fogo e tráfico de drogas. Um advogado e um policial civil também foram conduzidos para prestar esclarecimentos.
As investigações começaram depois que a polícia identificou semelhança na execução de diversos homicídios. Até o momento, dez mortes já foram identificadas como sendo de autoria do grupo criminoso. Mais de 100 assassinatos estão sendo investigados com suspeita de serem de autoria da organização.
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Entre os mortos estão ex-presidiários, empresários, um advogado, um juiz e um promotor da cidade. Os crimes promovidos pelos integrantes da organização criminosa ficaram conhecidos como "assassinatos da moto preta", que era o veículo usado na abordagem das vítimas.
Se condenados, os suspeitos podem responder pelos crimes de organização criminosa, homicídio por motivo torpe, abuso de autoridade, agiotagem, práticas de milícia, porte e comércio ilegal de armas de fogo, entre outros delitos. Somadas as penas podem ultrapassar 70 anos de prisão.
As investigações tiveram o apoio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado, do Ministério Público de Rondônia e da Justiça Estadual de Rondônia.