A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou nesta quarta-feira (24) a Operação Análogos, que investiga fraudes no processo de obtenção da Carteira Nacional de Habilitação - (CNH). Foram cumpridos 10 mandados de prisão, 12 pessoas foram conduzidas para delegacia e foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão.
As investigações tiveram início após um examinador do Departamento Nacional de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) ter desconfiado da identificação de um candidato. A quadrilha abordava candidatos reprovados nas provas teóricas e práticas do Detran perto de clínicas, autoescolas e locais de exames em Taguatinga e Ceilândia, cidades do Distrito Federal. "Algumas pessoas ficavam próximas à locais dos exames de direção, verificando os reprovados, e ofereciam para que as pessoas tirassem a habilitação sem fazer a prova. Eles tinham um banco de dados onde selecionavam pessoas que iam fazer a prova no lugar do candidato", contou o delegado Jeferson Lisboa.
Segundo o coordenador de Repressão aos Crimes contra o Consumidor, à Ordem Tributária e a Fraudes, delegado Jeferson Lisboa, as investigações continuam para verificar se há o envolvimento de servidores do Detran nas fraudes. "Não descartamos a participação de servidores, todas as hipóteses devem ser consideradas pela polícia, todos os fatos serão investigados. Hoje foi apenas uma fase para estancar o problema, sanamos o problema de habilitação ideologicamente falsa", disse.
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O diretor-geral do Detran-DF, Jayme Amorim, informou que, até o segundo semestre de 2016, todos os carros de autoescolas e os exames terão controle biométrico para identificação de candidatos. "O Detran tem feito o procedimento de monitoramento das aulas e a implantação de biometria desde o ano passado. Com isso, teremos o controle das aulas práticas, controle biométrico dos candidatos ao processo de habilitação, bem como também o controle durante os testes de direção", explicou.
A quadrilha responderá pelos crimes de organização criminosa e falsidade ideológica, que somam de 11 a 12 anos de reclusão. As pessoas que compraram as carteiras falsas responderão pelo crime de falsidade ideológica e terão as carteiras canceladas, conforme previsto no Código de Trânsito.