O tenente da Polícia Militar da Bahia Wilson Santos, de 40 anos, lotado na cidade de Teixeira de Freitas, no extremo sul da Bahia, foi afastado das suas funções, na segunda-feira (15), por ter sacado uma pistola dentro do condomínio onde mora e feito vários disparos, matando um cachorro da raça Bulldog Francês, de quatro anos. O motivo da ira do policial, que estava de folga, foi o fato de o animal, que pertencia a uma vizinha, ter feito xixi no gramado da casa dele, quando passeava com a dona.
O caso aconteceu na manhã do sábado (13) e teve grande repercussão. Nas redes sociais, circulam as imagens gravadas pelas câmeras de monitoramento do conjunto residencial Atlântico Ville, onde tudo aconteceu. Até mesmo o governador Rui Costa (PT) disse ter assistido ao vídeo "com indignação" e determinou ao comandante da corporação, Anselmo Brandão, a adoção das "providências necessárias".
Em postagem em uma página na internet, o governador afirmou que a ação do PM é "inadmissível" e não corresponde ao comportamento esperado por um integrante da polícia "nem de nenhum cidadão de bem". "A Polícia Militar da Bahia há 190 anos orgulha a nossa população", disse Costa.
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Ao todo, o tenente atirou seis vezes na direção da advogada Bruna Holtz Carvalho, de 26 anos, e dos seus dois cachorros, um Bulldog e um Golden Retriever, atingindo, no entanto, apenas o primeiro. O animal morreu na hora. Temendo ser ferida, ela saltou um muro com o outro cão. A advogada reside há pouco mais de um mês no local. Ela contou na delegacia, onde registrou ocorrência, que o policial agiu com arrogância e truculência e ainda lhe perguntou se ela sabia quem ele era.
A Polícia Militar afirmou que o tenente permanecerá afastado enquanto durar a investigação. De acordo com o tenente-coronel Valci Serpa, diretor do Colégio da Polícia Militar (CPM) de Teixeira de Freitas, onde Wilson Santos trabalha, o policial já respondia a outro processo disciplinar da corporação, que estava em fase final, e tramitava na cidade de Medeiros Neto. Não foi informado o motivo da abertura do processo. Também não foi descartada a possibilidade de expulsão do militar da corporação. O tenente não foi localizado pela reportagem.