O ex-governador do Rio Sérgio Cabral foi condenado pelo juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal, a 13 anos de prisão por lavagem de dinheiro na sexta-feira (30), na Operação Mascate, desdobramento da Lava Jato. Esta é a terceira condenação do peemedebista na Lava Jato.
Também foram condenados o operador Carlos Miranda a 12 anos de reclusão, por lavagem de dinheiro, e o ex-assessor da Casa Civil do Governo do Rio de Janeiro Ary Filho a 9 anos e 4 meses de prisão, por lavagem de dinheiro e pertinência à organização criminosa.
O juiz Marcelo Bretas absolveu Sérgio Cabral e Ary Ferreira de dois atos de lavagem de dinheiro, envolvendo dois automóveis.
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Sérgio Cabral já havia sido condenado pela Justiça Federal do Rio e também do Paraná. Em setembro, Marcelo Bretas impôs 45 anos e 2 meses de prisão na Operação Calicute, desdobramento da Lava Jato, por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e pertinência à organização criminosa.
O peemedebista tem uma primeira condenação imposta pelo juiz Sérgio Moro - 14 anos e 2 meses de reclusão, por corrupção passiva, lavagem de dinheiro.
A denúncia da Mascate apontou simulação de serviços de consultoria e aquisição de veículos e imóveis para lavar recursos ilícitos. A lavagem de dinheiro, segundo a força-tarefa, tinha por objetivo converter os recursos de propina em ativos de aparência lícita e/ou distanciar ainda mais de sua origem ilícita o dinheiro derivado de crimes de corrupção do esquema atribuído a Sérgio Cabral.
Segundo o Ministério Público Federal, os crimes de lavagem de dinheiro foram descobertos a partir de colaboração premiada, "em que foram apresentadas provas de transações no valor de R$ 10,17 milhões, ocorridas entre 30 de agosto de 2007 e 28 de setembro de 2015".
Além dos R$ 3,4 milhões pagos à Gralc/LRG Agropecuária a título de consultoria, a denúncia apontou que os integrantes do esquema ocultaram a propriedade de um Camaro 2SS Conversível, avaliado em R$ 222,5 mil e de uma Grand Cherokee Limited, avaliada em R$ 212,8 mil, bem como de sete imóveis no valor de R$ 6,3 milhões. Ary Filho é apontado como o responsável pela entrega do dinheiro em espécie, que depois era utilizado pelos colaboradores para pagar os serviços de fachada e adquirir os carros e imóveis em nome de suas próprias empresas.