O juiz federal Sérgio Moro, responsável em primeira instância pelos julgamentos da Operação Lava Jato, emitiu nota de pesar pela morte do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavacki. Teori era relator dos processos da Lava Jato no STF e foi vítima de um acidente aéreo na tarde de hoje (19). "Sem ele, não teria havido a Operação Lava jato", declarou o magistrado.
Moro enviou as condolências à família de Zavascki e disse que o ministro foi um "herói brasileiro" e exemplo para todos os juízes, promotores e advogado do país. "Espero que seu legado, de serenidade, seriedade e firmeza na aplicação da lei, independente dos interesses envolvidos, ainda que poderosos, não seja esquecido", disse o juiz em nota.
Outros membros da Operação Lava Jato também se manifestaram sobre a morte de Teori. O delagado Marcio Adriano Anselmo, um dos investigadores da operação, disse em sua página no Facebook que o acidente deve ser investigado, mas apagou a publicação minutos depois. "O ministro Teori lavou a alma do STF à frente da Lava Jato, surpreendeu a todos pelo extremo zelo com que suportou todo esse período conturbado. Agora, na véspera da homologação da colaboração premiada da Odebrecht, esse "acidente" deve ser investigado a fundo. Sinceramente, se essa notícia se confirmar, é o prenuncio do fim de uma era", escreveu o delegado.
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A Procuradoria da República no Paraná, sede da força-tarefa do Ministério Público Federal na Operação Lava Jato, também se manifestou sobre o acidente. "O ministro Zavascki teve uma trajetória profissional marcada pela lisura e pela seriedade. Sua atuação firme na relatoria da operação honrou o Supremo e foi um louvável serviço prestado ao país", diz a nota.
A direção do Foro da Seção Judiciária do Paraná da Justiça Federal, na qual o magistrado atuou, se disse "consternada com a notícia" da morte do ministro. "Neste momento de dor, prestamos nossas sinceras homenagens e nosso pesar a todos os familiares de tão honroso jurista, cuja memória será uma constante na história da Justiça Federal da 4ª Região", disse a nota assinada pela diretora do Foro, a juiza federal Gisele Lemke, e pela vice-diretora, a juiza federal Luciane Kravetz.