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Vigilante

Serial killer de Goiânia é condenado a mais 20 anos por outra morte

Agência Estado
02 mar 2016 às 17:30

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Em sessão presidida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, o vigilante Tiago Henrique Gomes da Rocha foi condenado nesta quarta-feira, 2, pelo homicídio de Juliana Neubia Dias, de 22 anos. Foi a segunda condenação por homicídio duplamente qualificado e a pena estipulada pelo magistrado foi igual à primeira: 20 anos em regime fechado.

Quinze dias atrás, houve o primeiro julgamento do vigilante, um matador em série suspeito de 35 homicídios, a maioria em Goiânia, onde foram os dois primeiros júris populares.

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Juliana foi morta no dia 25 de julho de 2014, no Setor Oeste, bairro nobre da cidade. Rocha atirou duas vezes contra a jovem que estava dentro de um carro parado em um semáforo fechado, junto com o namorado, Mauro Stone, único a testemunhar no julgamento.

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A sessão atraiu estudantes, jornalistas e familiares da vítima. De frente para o juiz por cinco minutos, Rocha disse frases sem nexo como "não sou eu quem está sendo julgado, são vocês", "já sei o final da história", "não posso falar ainda".


A defesa do vigilante foi feita pelos advogados Herick Pereira de Souza e Víctor Luiz Couto Carneiro, que não negaram a autoria do homicídio. Comparando o caso ao de uma novela de televisão, eles sustentaram a tese de que Rocha é psicopata, apelando para a infância sofrida e a falta de tratamento da alegada doença mental, mas o júri não se convenceu. A defesa anunciou recurso da condenação.

A acusação coube ao promotor de Justiça Maurício Gomes de Camargos, que refutou totalmente a tese da defesa. Ele leu trecho do laudo da Junta Médica do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás a respeito do réu: "Fica claro e marcante nos crimes a premeditação do intuito. Escolhe as vítimas a esmo e sem motivações aparentes, já que não há um perfil definido. Ou seja, os crimes ocorrem por vontade própria, sem influência de nenhuma doença mental".


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