Durante a madrugada deste sábado (10) mais dois corpos foram encontrados no Morro do Bumba, subindo o número de mortos para 214 no Estado, sendo 134 somente em Niterói. Pessoas que ficaram feridas ou foram resgatadas com vida somam 161.
Para colaborar com a situação, as Forças Armadas foram solicitadas para ajudar às vítimas. A Defesa Civil do Rio também iniciará o treinamento da população local para evitar a epidemia de doenças infecciosas, como a leptospirose.
Niterói está à beira do colapso. O Hospital Azevedo Lima, o único em que o setor de emergência funciona, não possui mais leitos disponíveis. No Hospital Universitário Antônio Pedro, da Universidade Federal Fluminense, as portas do pronto socorro estão fechadas há três anos. O Instituto Médico Legal (IML) de Niterói também está fechado há dois anos. Os corpos das vítimas estão sendo encaminhados para o IML de São Gonçalo e do Rio.
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As dificuldades das equipes de resgate são grandes, pela extensão de mais de 600 metros de deslizamento e pelo volume de lama e lixo que estão sendo removidos para o Aterro Sanitário de São Gonçalo. O governador do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB), pediu o reforço na quinta-feira à noite, por telefone, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Pela calamidade, R$ 110 milhões foram liberados pelo governo federal, sendo R$ 35 milhões para as cidades de Niterói e São Gonçalo, os municípios mais afetados pelas chuvas. A verba faz parte de um pacote de R$ 200 milhões, sendo que R$ 90 milhões serão aplicados na capital fluminense.
Moradores do Morro do Céu, próximo ao Morro do Bumba e também construído sobre um antigo lixão, denunciaram que várias casas estão afundando e que uma igreja desabou à tarde. Ninguém ficou ferido. As informações são do Estadão.