O último réu a ser interrogado nesta sexta-feira, 19, no Fórum da Barra Funda, em São Paulo, é Marcos Ricardo Poloniato, soldado à época do massacre do Carandiru. Hoje, ele é oficial do Corpo de Bombeiros. "Quando a gente entrou (no presídio), havia muita fumaça. A gente conseguia observar alguns vultos, muita gritaria e estampidos. Um clarão. Nós revidávamos com tiros também", afirmou.
Poloniato estava à frente da tropa e disse ter efetuado dois disparos, sem saber se atingiu alguém. "Atirei na direção do clarão e dos estampidos." Segundo ele, a ação da Rota no Carandiru não passou de 20 minutos. "Quando saímos, estava claro, devia ser antes das 18 horas."
Antes, o juiz José Augusto Marzagão encerrou o interrogatório de Marcos Antônio de Medeiros, sargento à época do massacre do Carandiru. Ronaldo Ribeiro dos Santos, capitão da 2ª companhia da Rota à época do massacre do Carandiru, e Aércio Dornellas Santos, tenente da Rota na época do massacre, também foram ouvidos. Mais cedo, 20 PMs recorreram ao direito de permaneceram calados.